27/Jun/2024
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está submetido a uma restrição severa de recursos, que coloca sob risco até mesmo a realização de pesquisas conjunturais. Embora o órgão tenha tido o orçamento aprovado, há restrição nas liberações dos recursos, o que já tem acarretado atrasos em pagamentos de contas, por exemplo. Há problemas da gestão das pesquisas. O orçamento está aprovado, mas não tem os recursos liberados. O financeiro é um constrangimento para as pesquisas conjunturais tradicionais também.
O IBGE tem o orçamento aprovado para garantir a condução das pesquisas conjunturais até o fim do ano, mas não tem ainda o recurso financeiro liberado. Quanto às pesquisas estruturais, os preparativos necessários para levar a campo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) são algumas das ações ameaçadas, porque o orçamento foi aprovado, porém ainda teve os recursos de fato liberados. Há uma sensibilidade da importância das pesquisas. A expectativa é de que o governo não vai deixar chegar nessa situação. O governo está sabendo das dificuldades.
O IBGE está aguardando um posicionamento em relação a essa situação, pois há restrição de recursos. Não está sendo possível pagar aluguel de algumas instituições ou pagando com atraso, há problema de pagamento de energia elétrica e restrição de viagens internacionais. A instituição está submetida a uma restrição que não é pequena. Questionado se a divulgação de pesquisas conjunturais estaria sob risco, por causa das restrições de recursos, o presidente do IBGE Marcio Pochmann consentiu. Se não houver a liberação financeira, este risco está presente. Quanto ao próximo Censo Agropecuário, não há preocupação, porque os recursos para os preparativos neste ano estão garantidos.
O levantamento está em fase de elaboração internamente, com testes previstos para campo no segundo semestre deste ano. O Censo Agropecuário em especial, não foram identificados problemas maiores. Então, para essa questão financeira não há problema, a não ser que venha algum contingenciamento e os recursos sejam aprisionados. Pochmann diz que o caso da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) "é mais sensível", por precisar de um volume maior de recursos ainda em 2024. A fase ainda é de conversação. Porque ela já exigiria um recurso maior, cerca de R$ 20 milhões ainda para esse ano, para poder começar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.