28/Jun/2024
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que o orçamento da sua linha BNDES Mais Inovação para 2024 será ampliado com o remanejamento de recursos não utilizados ao longo de 2023. Essa transferência dos recursos foi autorizada hoje em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Com isso, os recursos, que têm custo financeiro em Taxa Referencial (TR), vão saltar de R$ 5,9 bilhões para R$ 8,4 bilhões em 2024. A linha atende ao financiamento de projetos de inovação e digitalização. O BNDES está recuperando o papel histórico de indutor do desenvolvimento sustentável e com inovação da indústria nacional. A medida não implica a majoração do orçamento previsto para o período de 2023 a 2026. Para 2023, o orçamento do BNDES Mais Inovação foi de R$ 5,5 bilhões.
Mas, foram aprovadas operações de financiamento que totalizam R$ 3 bilhões em recursos com TR, restando um saldo de R$ 2,5 bilhões, não utilizados em razão do curto prazo para aprovação dos projetos. Esse programa se tornou operacional apenas em meados de setembro de 2023. Entre os projetos já apoiados figuram iniciativas de setores como o de semicondutores, telecomunicações, saúde, mobilidade, biocombustíveis, equipamentos e motores elétricos. A dotação de 2024 previa, até então, um montante de R$ R$ 5,9 bilhões para projetos de inovação e digitalização. Até maio, já foram aprovados financiamentos da ordem de R$ 1,8 bilhão, havendo mais R$ 5,7 bilhões em projetos já protocolados. Os números, diz o banco, revelam uma demanda grande do mercado para investimentos desse tipo.
Segundo a legislação do Mais Inovação, o BNDES aprova em cada exercício, até 2026, o limite de até 1,5% do saldo dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) repassados ao BNDES, percentual que pode ser alterado pelo CMN. O investimento em inovação no Brasil ainda está bem abaixo do chamado mundo desenvolvido. Enquanto o Brasil investe algo em torno de 1,15% do seu PIB em pesquisa, desenvolvimento e inovação, países desenvolvidos superam os 2% e alguns chegam a mais de 3% do PIB. O Brasil ocupa o 49º lugar no Índice Global de Inovação 2023, posição incompatível com o tamanho de sua economia. A decisão do CMN reforça o apoio à inovação, uma prioridade dentro da política de neoindustrialização do País objetivada pelo governo federal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.