28/Jun/2024

O comissário da União Europeia para Agricultura, Janusz Wojciechowski, afirmou que, após as crises globais que tiveram reflexo no agronegócio do bloco, como a pandemia da Covid-19 e a guerra entre Ucrânia e Rússia, a União Europeia busca estabilidade na área, e vemos muito disso na produção brasileira. Ele defendeu uma cooperação maior entre Brasil e o bloco e afirmou que, para além da criação de mais políticas, programas e legislações, a comunicação está entre os desafios. É preciso explicar melhor, comunicar melhor, porque existem estereótipos com relação ao agronegócio no Brasil e na Europa.

A visão europeia é a de que o Brasil só tem grandes produtores, mas que, na sua passagem por aqui, ele pôde conhecer pequenos produtores, e que é preciso cooperação e "espírito de solidariedade" entre os grandes e pequenos produtores do Brasil e da União Europeia para produzir avanços significativos na área. O Ministério da Agricultura destacou a importância de se levar tecnologia também para os pequenos agricultores, de forma a quebrar o paradigma citado por Wojciechowski. Foi citada a importância de se apropriar do poder geopolítico do alimento, além de ter maior transparência e rastreabilidade.

Não há dúvida nenhuma de que o caminho para o mundo inteiro vai passar pelo Brasil, porque, além de ser celeiro de produção, é celeiro tecnológico. Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca do Uruguai, é necessário pensar em políticas diferenciadas para os pequenos agricultores. Em relação a desafios para o futuro, ele destacou ainda a necessidade de colher aprendizados com os recentes acontecimentos do Rio Grande do Sul, além de utilizar a tecnologia para lidar com questões climáticas e desafios produtivos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.