01/Jul/2024
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as restrições ao comércio internacional apoiadas no argumento ambiental estão se multiplicando, preocupam países e expõem o comércio internacional ao risco de fragmentação, sem os ganhos esperados. O Grupo de Trabalho (GT) de Comércio e Investimentos do G20 se reuniu na semana passada no Rio de Janeiro. O objetivo do encontro foi buscar consensos sobre comércio internacional, que serão levados para o quarto encontro do GT, em 21 e 22 de outubro, e então ao encontro de ministros do G20 e convidados responsáveis por Comércio e Investimentos, em 24 de outubro.
Os convidados da presidência brasileira do G20 são Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal e Singapura. Os convidados do GT são Chile, Colômbia, Países Baixos, Paraguai, Peru, Suíça e Uruguai. À frente da presidência do G20, o Brasil estabeleceu quatro temas como prioridades para o fortalecimento dos mecanismos de comércio e investimentos dos países membros. O tópico mais desafiador é comércio e desenvolvimento sustentável. A presidência brasileira no G20 apresentou uma proposta ambiciosa de princípios que deveriam orientar a relação entre comércio e desenvolvimento sustentável. Há uma multiplicação de regras adotadas por motivos ambientais que afetam o comércio.
Há um risco de que essa multiplicação de normas leve a uma fragmentação do comércio com custos elevados para operadores sem que haja a contrapartida um ganho ambiental na proporção esperada. Este se trata de um dos desafios. Ficou evidente que vários países se preocupam com custos ao comércio de novas regras ambientais. O Brasil reconhece a legitimidade de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável e ao mesmo tempo reconhece que o comércio internacional tem papel importante para contribuir para o desenvolvimento sustentável. Há risco de que medidas adotadas por questões ambientais tenham impacto mais que necessário ao comércio internacional. É preciso buscar um consenso político. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.