05/Jul/2024

Segundo o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), embora o valor destinado ao Plano Safra 2024/2025 seja recorde, e reforce a necessidade do crédito sustentável, as instituições financeiras no Brasil ainda são carentes de critérios para reconhecer investimentos e iniciativas que, de fato, levem à descarbonização da produção animal e vegetal. Essa carência nas instituições financeiras deve ser suprida ainda este ano, com a conclusão de um projeto de taxonomia financeira agrícola, proposto pelo governo federal.

Com coordenação conjunta dos Ministérios da Agricultura e da Fazenda, essa taxonomia vai definir critérios e indicadores de sustentabilidade, aplicáveis a empreendimentos comerciais e familiares. Isso significa maior transparência nas concessões de crédito rural, principalmente se forem acompanhadas por um sistema de monitoramento, verificação e relatoria. O Brasil já é líder na produção de várias commodities alimentares. O impulso a sistemas sustentáveis de produção agrícola pode colocá-lo na vanguarda também da transição para uma agropecuária sustentável e que garanta segurança alimentar à população global, sem aprofundar desigualdades.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o governo federal está terminando de desenhar o desconto a produtores que adotam boas práticas. Quem já contraiu financiamento no Renovagro ou ABC, programas voltados à agricultura de baixo carbono, nos últimos cinco anos pode se beneficiar com boas práticas. A Pasta encontrou vários produtores que captam linha de crédito de agricultura de baixo carbono e, portanto, já estão habilitados a receber o benefício. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.