05/Jul/2024

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o BNDES vai lançar uma linha dolarizada de custeio, com cinco anos para pagamento, e com juros variando entre 8,5% e 9,5% ao ano. O trabalho foi fruto de uma gestão para baixar os spreads, e não invalida a linha em Real. É um avanço, é mais barato, e mais uma possibilidade de inovação que estamos levando aos produtores. No Plano Safra 2024/2025, a escolha entre mais recursos e menor taxa de juros foi uma opção técnica. Se não for possível fazer as duas coisas (aumentar o volume de dinheiro e baixar a taxa de juro), a opção foi aumentar o volume de dinheiro e cumprir ainda mais a agropecuária brasileira com recurso do Plano Safra. Carlos Fávaro afirmou que os juros altos representam um problema grave para o agronegócio pela questão do funding do setor.

Um dos efeitos colaterais da taxa básica nesse nível é que a poupança rural, o depósito à vista, começa a minguar. Com uma Selic a 10,5% ao ano e bons rendimentos de renda fixa, ninguém coloca recursos na poupança. Isso significou R$ 60 bilhões a menos, que não está disponível e não teria custo para o Tesouro. O desafio é o governo encontrar a disponibilidade de recursos e fazer um Plano Safra desse tamanho. O ministro voltou a afirmar que, com o novo Plano Safra, a imensa maioria dos produtores será beneficiada com desconto nos juros por práticas ambientais e lembrou que durante a safra 2023/2024 foi possível conceder desconto nos juros apenas a produtores com CAR validado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.