09/Jul/2024
O relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), será um divisor de águas para o discurso social do governo federal. Com divulgação prevista para o dia 24 de julho, o texto vai dizer, desde já, se o presidente Lula terá chance de anunciar, no ano da sua provável tentativa à reeleição, em 2026, que tirou o Brasil do Mapa da Fome. Para sair do Mapa da Fome, é preciso registrar taxa de subalimentação inferior a 2,5% da população, por três anos seguidos, no relatório da FAO. O número é divulgado com dados referentes ao ano anterior.
É por isso que, para anunciar a possível conquista em 2026, Lula precisa do indicador abaixo de 2,5% em 2024. E ainda terá de repetir o feito nos dois anos seguintes. Em 2023, a fome crônica bateu 4,2%, com dados referentes ao último ano do governo Bolsonaro. Para reverter a alta, Lula lançou o Plano Brasil Sem Fome, que reúne programas como o Bolsa Família e a busca ativa por cidadãos em situação permanente de desnutrição. Oficialmente, o prazo estabelecido é tirar o Brasil do Mapa da Fome até 2030, mas o presidente quer alcançar a meta ainda neste mandato.
As pesquisas divulgadas apontam grande redução da insegurança alimentar no Brasil e o governo confia que a tendência é de queda, afirmou o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. O Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014 e voltou em 2018. O relatório da FAO será divulgado em 24 de julho, durante agenda do G20 no Rio de Janeiro, na presença do diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, e do economista-chefe, Maximo Torero. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.