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12/Jul/2024

Clima: La Niña terá intensidade fraca ou moderada

O La Niña, caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na faixa equatorial, promete ser marcado por fraca a moderada intensidade, e deve começar um pouco mais tarde do que o habitual. Segundo a Climatempo, o fenômeno climático, que deve ser marcado por fraca a moderada intensidade, promete entrar em vigência no final do inverno (setembro). Dessa maneira, os efeitos do La Niña devem ganhar força na primavera e verão. O principal alerta fica para soja no interior do Brasil. Os produtores precisam ter cautela para iniciar a semeadura e devem acompanhar as previsões para iniciar o plantio quando houver um indicativo de chuvas suficientes para garantir aumento e manutenção da umidade no solo para o desenvolvimento do cultivo.

O fenômeno La Niña tem como efeitos mais comuns elevar as chuvas entre as Regiões Norte e Nordeste, o que beneficia a fronteira agrícola do Matopiba (Matogrosso, Tocantins, Piauí e Bahia). Na Região Sul do Brasil, ocorre o oposto. Normalmente, o La Niña aumenta o risco para estiagem, em especial no Rio Grande do Sul, com redução de produtividade em cultivos como soja e milho, devido à falta de umidade. Na parte central do País, incluindo áreas produtoras das Regiões Sudeste e Centro-Oeste, os efeitos desse fenômeno não são tão marcados, mas uma das principais características que pode afetar a distribuição das chuvas nesta região é que o La Niña intensifica e prolonga o período seco. Isso acarreta um risco maior de atraso na regularização das chuvas no início da primavera, o que pode atrasar o plantio da soja.

Além disso, o fenômeno tem impactos na temperatura. Por ser um fenômeno de resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, esse resfriamento gradualmente é transferido para a atmosfera e com essa mudança, aliada a mudanças na circulação geral da atmosfera, aumenta o risco para o avanço de ondas de frio mais intensas e tardias sobre o Centro-Sul do País. Esse cenário aumenta o risco de geadas especialmente na Região Sul do Brasil, mas que eventualmente podem atingir áreas das Regiões Sudeste e Centro-Oeste, especialmente São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde cultivos como cana-de-açúcar, café e citros podem ser afetados. Fonte: Moneytimes. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.