06/Aug/2024
O embaixador e ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, avaliou que o tema ambiental continuará em alta no mercado global, na geopolítica e no agronegócio, independentemente do resultado das eleições dos Estados Unidos, em novembro. A agenda ambiental não acaba com Donald Trump, pois o setor privado já abraçou essa agenda. Por isso, abraçar a agenda climática é fundamental para o Brasil. Ele destacou, porém, que o comércio exterior encara desafios em virtude das novas barreiras que estão sendo impostos aos países exportadores, sem que exista uma regulamentação robusta.
A agenda climática é uma nova forma de proteção de mercados e não tem regras. Não há foro para discussão. O unilateralismo tem proliferado. O Brasil historicamente adota uma postura reativa diante das questões climáticas envolvendo negociações comerciais. Ele defendeu a realização de articulações internacionais para apresentar o trabalho realizado pelo agronegócio brasileiro, com seus produtos e cuidados ambientais. É preciso de melhor coerência de narrativa. O País também necessita de articulação de coalizões externas para tornar viável a narrativa e explicar as peculiaridades. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.