08/Aug/2024
Segundo o Ministério da Agricultura, o agronegócio exportador brasileiro busca se adaptar às leis antidesmatamento da União Europeia, que devem entrar em vigor em janeiro de 2025. Ao mesmo tempo, porém, o mercado europeu não é a prioridade na pauta exportadora. O Brasil busca se adaptar às exigências, mas, caso não queiram comprar, lidará com isso como uma opção de mercado. O mercado europeu é importante, mas hoje as grandes oportunidades para o agro brasileiro estão na Ásia. Se necessário, o País vai procurar outros mercados. Há negociações em curso que podem adiar a implementação da lei, para dar mais tempo para adaptação.
Os ministros da Agricultura da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai pediriam o adiamento da implantação da lei antidesmatamento na União Europeia, por meio de uma nota técnica do Conselho Agropecuário do Sul à Comissão Europeia. Os Estados Unidos pressionam por essa prorrogação, e algumas autoridades europeias têm manifestado a possibilidade de adiamento. O Ministério da Agricultura está empenhado em oferecer suporte para que isso ocorra e está desenvolvendo mecanismos para medir as necessidades da legislação europeia aqui no Brasil e analisando metodologias para uma plataforma de rastreabilidade.
Embora a prorrogação seja provável, o Brasil se prepara para cumprir a legislação no prazo atual, respeitando a soberania europeia. Se houver prorrogação, será bem-vinda, mas, se não houver, o Brasil estará pronto para atender as exigências. Foi reafirmado o compromisso do Brasil com o “zero desmatamento ilegal” e destacado o trabalho conjunto das secretarias do Ministério da Agricultura, incluindo a de Inovação e Sustentabilidade, para lidar com o tema. O Brasil conseguirá comprovar a sustentabilidade, seja por meio de plataformas ou parcerias internacionais. O debate é necessário e deve ser feito com verdade e respeito à soberania. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.