ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

14/Aug/2024

Desnutrição causando de morte de idosos no Brasil

Entre 2000 e 2021, foram registradas 93.868 mortes de idosos causadas por desnutrição no Brasil. Segundo um novo estudo publicado na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, o período registrou uma queda na taxa de mortalidade entre as pessoas de 60 a 79 anos, mas os números se mantiveram estáveis e elevados entre a população acima de 80 anos. A pesquisa utilizou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Considerando que a desnutrição é uma causa de morte evitável e a expectativa de vida da população brasileira é maior do que há duas décadas, os autores do estudo apontam que os números, embora em queda ou estabilidade, ainda estão elevados e acendem um alerta. Foi observada uma tendência decrescente da mortalidade de idosos por desnutrição, mas a alta taxa chama a atenção.

Segundo a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no ano de 2021, por exemplo, foram 10,6 mortes a cada 100 mil pessoas. É uma taxa alta. Ninguém deveria morrer por desnutrição. Outros autores da pesquisa são da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). A pesquisa recebeu financiamento do CNPq. A desnutrição analisada pelo estudo se refere à baixa ingestão não apenas da quantidade de calorias, mas também de proteínas. A longo prazo, ela leva à perda de peso e de massa muscular, o que prejudica a qualidade de vida dos idosos. Sem força nos músculos, eles têm maior dificuldade para exercer atividades simples, como se levantar, e correm maior risco de quedas e fraturas. A desnutrição afeta esse grupo por diversos fatores. Entre os motivos estão problemas de dentição e deglutição, comuns nessa fase da vida.

Os idosos também são mais suscetíveis a quadros de saúde que favorecem a perda de peso e a desnutrição, como demências e doenças crônicas. A própria fraqueza muscular dificulta a alimentação adequada nessa idade, uma vez que atrapalha tarefas como ir ao mercado e cozinhar. Além dos fatores fisiológicos, há influências socioeconômicas. A diminuição da renda com a chegada da aposentadoria e o aumento dos gastos com remédios são exemplos. E muitos idosos acham que comem de maneira correta e não precisam frequentar um nutricionista. Isso é comum especialmente entre aqueles que não apresentam baixo peso, incluindo os que têm obesidade. Ele tem a reserva calórica, mas tem menos proteína e não tem massa muscular adequada. As políticas públicas existentes se mostraram capazes de reduzir ou, ao menos, interromper o aumento do problema. No entanto, elas precisam ser revisitadas, discutidas e aprimoradas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.