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20/Aug/2024

Safra de soja aliviará inflação de alimentos em 2025

Segundo projeções do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, a expectativa de uma supersafra de soja no Brasil em 2024/2025 deve contribuir para a desaceleração da inflação de alimentos no País. A produção de soja brasileira poderá atingir um recorde histórico de 169 milhões de toneladas nesta temporada, impulsionada por condições climáticas favoráveis.

A oferta abundante da commodity deve manter os preços dos alimentos sob controle, com uma inflação projetada de 3,2% em 2025, em comparação a uma alta de pouco mais de 5% esperada para 2024. As projeções climáticas indicam um La Niña fraco ou até mesmo um clima dentro da normalidade, o que implica uma recuperação relevante da produção de soja após a queda deste ano. Os preços globais da soja já começaram a cair nas últimas semanas, refletindo o tamanho da safra norte-americana, estimada em 124 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

No entanto, os impactos de uma supersafra brasileira sobre os preços internacionais devem ser sentidos apenas em 2025, quando haverá mais informações concretas sobre o desenvolvimento da safra. A última vez que o Brasil registrou uma supersafra de grãos foi em 2022/2023, quando a produção de soja e milho aumentou significativamente, levando a uma queda de 0,5% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de alimentos. No entanto, o Bradesco também apontou que o ciclo de carnes pode elevar os preços em 2025, uma vez que o rebanho bovino estará em recomposição após um período intenso de abates.

A queda do preço interno da soja tende a atenuar um pouco essa pressão altista no preço da carne, mas alguma elevação deve acontecer. Além do impacto na inflação, o aumento da produção agrícola deverá impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do setor, que deve crescer 4,1% em 2025, após uma queda estimada de 4,8% neste ano. O Bradesco estima que a renda agrícola deve permanecer estável, com uma queda média de quase 15% nos preços domésticos da soja, apesar do aumento no volume produzido. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.