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22/Aug/2024

Dólar encerra sessão praticamente estável ante Real

O dólar fechou esta quarta-feira (21/08) perto da estabilidade ante o Real, após ter alternado altas e baixas em diferentes momentos da sessão, com investidores em busca de pistas sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos e no Brasil. A moeda norte-americana fechou em leve baixa de 0,07%, cotada a R$ 5,48. Em agosto, a divisa acumula queda de 3,07%. Em um dia de agenda esvaziada no Brasil, investidores se voltaram nesta para o exterior em busca de indicações sobre a política monetária dos Estados Unidos. Um relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos solidificou a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em setembro, ao mostrar redução de 818.000 empregos, ou 0,5% a menos do que o inicialmente informado, nos dados de criação de vagas no país de abril de 2023 a março de 2024.

A ata do último encontro de política monetária do Fed, em julho, mostrou as autoridades fortemente inclinadas a um corte de juros em sua reunião de setembro e que várias delas estariam até mesmo dispostas a reduzir as taxas imediatamente. Neste cenário, os rendimentos dos Treasuries cederam, em especial entre os títulos de dois anos, que refletem a política monetária de curto prazo. O dólar também caiu ante as divisas fortes e em relação a boa parte das moedas de emergentes. No Brasil, porém, outros fatores davam certa sustentação à moeda norte-americana ante o Real. Como na véspera, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de curto prazo cediam, com investidores reduzindo as apostas de que o Banco Central elevará a taxa básica Selic, hoje em 10,50% ao ano, em setembro. Uma Selic não tão elevada, em tese, reduz a pressão baixista para o dólar. Segundo a One Investimentos, pela primeira vez tem uma redução de juros totalmente precificada no exterior.

O ponto é que ainda há dúvidas sobre qual vai ser a postura do Banco Central frente a isso. Apesar dos movimentos recentes, o mercado segue precificando uma elevação da Selic em setembro. Neste cenário, o dólar oscilou entre a mínima de R$ 5,46 e a máxima de R$ 5,51 (+0,46%). Chama a atenção o fato de que, apesar das mudanças de sinal, o dólar operou em margens relativamente estreitas, sem força para se reaproximar dos R$ 5,40 ou para se manter acima dos R$ 5,50. O que pode trazer uma mudança maior para as cotações é se o Fed cortar 50 pontos-base em setembro, e não 25, ou se o Banco Central de fato fizer uma alta da Selic. Até lá, as atenções estarão voltadas para o discurso desta sexta-feira (23/08) do chair do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, com investidores em busca de pistas sobre o tamanho do corte de juros nos Estados Unidos. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,19%, a 101,190. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.