29/Aug/2024
Além de fiscalizar e punir responsáveis pelos crimes ambientais, especialistas defendem a importância da prevenção. A sanção da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, no dia 31 de agosto, é vista como boa saída para melhorar essa questão. A política regula o uso do fogo no meio rural, definindo diretrizes para queimadas controladas (para fins agropecuários) e prescritas (para fins de conservação), mediante autorização prévia dos órgãos competentes, entre outras medidas de prevenção. Ela também prevê instâncias intergovernamentais para a resposta aos incêndios e um cadastro nacional de brigadas florestais.
Define ainda que brigadas voluntárias e particulares tenham cadastro no Corpo de Bombeiros de cada Estado. Segundo a Universidade de Brasília (UnB), o Brasil é um dos últimos países com ambientes que queimam naturalmente, como o Cerrado, a instituir uma política de manejo do fogo. Experiências estrangeiras de prevenção e combate podem ajudar o Brasil a se preparar melhor para queimadas, que devem ficar mais frequentes com a crise climática. Mas, a Universidade Federal do Rio (UFRJ) destaca que toda gestão de fogo deve ser adaptada às condições climáticas, ao tipo de vegetação, à dinâmica do solo de cada local e às condições socioeconômicas.
Para o WWF-Brasil, os incêndios em São Paulo nos últimos dias têm semelhanças com os que atingiram a região de Valparaíso, no Chile, no início de 2024. Como muitas áreas que queimaram no interior de São Paulo eram de plantações de cana-de-açúcar, no país andino eram de pínus e eucalipto. Dois pontos da prevenção e combate a incêndios que têm funcionado no Chile e poderiam ser aprimorados no Brasil são a manutenção de brigadas permanentes e a integração entre os atores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.