05/Sep/2024

Relatório publicado pelo Ministério Federal da Alimentação e Agricultura da Alemanha (BMEL) na última semana diz que a pasta está em campanha a nível da União Europeia para adiar o início da aplicação da EUDR (a lei antidesmatamento do bloco europeu). A norma vai exigir a comprovação de origem e rastreabilidade de produtos exportados para o bloco europeu a partir de janeiro de 2025, e que eles não sejam oriundos de áreas desmatadas depois de 2020. O tema preocupa exportadores brasileiros. O comunicado cita que a implementação do regulamento europeu está "paralisada" na Comissão Europeia.

O ministério alemão diz que continua a apelar pelo adiamento do início da aplicação da EUDR, a fim de garantir uma aplicação eficiente, prática e pouco burocrática. No texto, o BMEL diz que em abril deste ano vários países já apelaram à Comissão Europeia para que fosse fornecida a base necessária para uma aplicação eficiente da regulamentação para importação de produtos livres de desmatamento. O BMEL acompanha com grande preocupação o estado do trabalho pendente sobre a implementação da EUDR na Comissão Europeia, isto inclui particularmente a excelente avaliação comparativa, ou seja, a classificação de risco dos países.

Em julho, o BMEL solicitou, à Comissão Europeia, no Conselho Agrícola, que adiasse o início da aplicação da lei antidesmatamento, mas a decisão ainda está pendente. A nível nacional, a Alemanha defende veementemente uma extensão da fase de transição. Os atrasos ocorridos atingiram agora um nível que torna significativamente mais difícil para a economia preparar-se adequadamente para a aplicação programada do EUDR, dadas as apertadas restrições de tempo. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.