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13/Sep/2024

RS registra “chuva preta” causada por queimadas

Os municípios de Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Pelotas e São José do Norte, no sul do Rio Grande do Sul, registraram, no dia 10 de setembro, o fenômeno conhecido como “chuva preta”. De acordo com a MetSul Meteorologia, o evento climático é resultado das queimadas nos biomas do País. O Brasil tem enfrentado um recorde de incêndios e seca nas últimas semanas, o que fez uma nuvem de fumaça se espalhar praticamente por todas as regiões do País. Há uma camada densa de fumaça espalhada por grande parte da América do Sul, inclusive no Brasil, e a ‘chuva preta’ é resultado desta queima incompleta de material orgânico, de combustível fóssil. Essa queima gera o carbono negro, uma fuligem (nanopartículas pretas), e por isso são transportadas facilmente por correntes de vento, nos baixos níveis da atmosfera.

Uma frente fria mudou o tempo no Rio Grande do Sul, com chuva em todas as regiões do Estado e que pode ser localmente forte, com trovoadas e risco de alguns temporais isolados, especialmente de granizo. A fuligem de queimadas pode se precipitar com a chuva. Sobre o tom alaranjado do Sol, visto nas últimas semanas em diversas regiões do Brasil, incluindo São Paulo, também se deve a essas nanopartículas de fuligem. Esse material particulado transportado pelo vento sofre refração dos raios solares no nascer e no pôr do sol e acaba espalhando a luz mais vermelha, mais alaranjada em torno do Sol. Isso é o contato dos raios solares com aquelas nanopartículas de fuligem e de fumaça. Com o aumento da poluição por fumaça, a Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre (SMS) alertou os cidadãos para a importância de se manter hidratado, beber bastante água e evitar atividades ao ar livre. Além disso, recomenda procurar atendimento médico em caso de sintomas respiratórios e manter os ambientes internos fechados.

Na semana passada, o Rio Grande do Sul já havia registrado a ocorrência de “chuva preta” em Porto Alegre. Na ocasião, para comprovar o fenômeno, a MetSul decidiu realizar uma experiência simples e doméstica. Colocou um recipiente tão simples como uma tigela de vidro e recolheu. Foi encontrada fuligem preta como carvão na água da chuva que caiu em Porto Alegre, resultado da queima de biomassa com os incêndios na Bolívia e na Amazônia. A “chuva preta” é contaminada com poluentes, que ao cair podem afetar corpos d’água, solos e vegetação. A chuva preta tem impactos visíveis no ambiente urbano. Ela pode deixar uma camada de sujeira nas superfícies, como prédios, veículos e infraestrutura, o que pode levar à degradação dos materiais e aumentar os custos de manutenção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.