18/Sep/2024

A série de incêndios que atinge o Brasil poderá ser usada pelo País como um argumento na Organização das Nações Unidas (ONU) em prol de uma ação global rápida contra a crise climática. A possibilidade foi mencionada pelo Ministério das Relações Exteriores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York (EUA), na próxima semana. Lula é pressionado na política interna por causa das queimadas. O problema atinge regiões como Pantanal e Amazônia há meses. Mais recentemente, passou a afetar também cidades como São Paulo e Brasília. A capital federal, por exemplo, ficou coberta de fumaça em diversos momentos nos últimos dias.

A situação contrasta com a liderança que o presidente brasileiro tenta exercer no cenário internacional em matéria climática e ambiental. Sobre se o Brasil espera ser cobrado sobre as queimadas pela comunidade internacional no evento da ONU, a pecepção é que, na verdade, a situação daria força ao discurso brasileiro. O Brasil vai levar para o cenário internacional e dizer que é preciso agir rapidamente para evitar eventos climáticos extremos. O que acontece no País, por esse raciocínio, seria um exemplo das consequências da degradação ambiental. O presidente Lula ficará nos Estados Unidos de 21 a 25 de setembro. Além da participação em eventos multilaterais, o presidente deverá ter diversos compromissos bilaterais. A seguir a prévia da agenda do presidente Lula em Nova York:

22 de setembro - participa da abertura da Cúpula do Futuro, reunião para discutir o sistema multilateral;

23 de setembro - dia em que deve ser concentrada a maioria das reuniões bilaterais;

24 de setembro - discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU e ato organizado com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, a favor da democracia e contra os extremismos;

25 de setembro - participa de atividades do G20 e volta para o Brasil.

Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.