04/Oct/2024
Segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registrou 210,208 mil focos de incêndios de janeiro a setembro, 87% mais que em igual período do ano passado. É o maior número para o período desde 2010. Em 2023, o País relatou 111,895 mil focos de incêndio em nove meses. Os dados foram coletados com base em imagens de satélite de 1º de janeiro a 30 de setembro. A maior parte dos focos registrados no acumulado deste ano, 49,8%, está concentrada na Amazônia, somando 104,562 mil pontos de janeiro a setembro.
O Cerrado teve 68,631 mil focos no período, equivalente a 32,6% do total nacional. Na sequência vêm Mata Atlântica, com 18,414 mil focos (8,8% do total); Pantanal, com 11,855 mil focos (5,6%); e Caatinga, com 6,294 mil incêndios (3%). Entre os Estados, Mato Grosso lidera em focos no acumulado do ano com 45,851 mil incidências, alta de 218% ante os 14,386 mil focos reportados em 2023. O aumento expressivo ocorre em meio à maior seca dos últimos 44 anos registrada no Estado. Somente no último mês foram detectados 19,964 mil focos de incêndio em Mato Grosso, dos 83,157 mil reportados no Brasil. Nas últimas 48 horas, o Estado registrou 798 incêndios.
O estado do Pará também integra a lista de maior número de incêndios no acumulado do ano, com 36,406 mil focos, 84% superior ao número registrado de janeiro a setembro de 2023. O Amazonas teve 22,114 mil focos de janeiro a setembro deste ano, 49% mais ante igual período do ano passado. O município de São Félix do Xingu, no Pará, teve o maior número de incêndios no ano, com 7,055 mil focos. Altamira, também no Pará, vem atrás com 5,676 focos de janeiro a setembro deste ano, seguida por Corumbá, em Mato Grosso do Sul, com 4,799 mil focos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.