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15/Oct/2024

Mercado de Trabalho: faltam trabalhadores jovens

A nova realidade demográfica brasileira impõe um desafio não apenas econômico para o País, mas, sobretudo, para as empresas, que estão diante de uma oferta menor de trabalhadores mais jovens e vão ter de repensar o seu modelo de contratação. À medida que a população envelhece, as empresas que valorizam a diversidade etária sairão na frente. Mas, a empresa de recrutamento Robert Half América do Sul ressalta que o mercado de trabalho ainda está em um estágio inicial nesse tema. Muitas companhias carecem de compreensão e letramento sobre o assunto. Um levantamento recente da empresa, em parceria com a Labora, mostra que 70% das companhias não têm indicadores claros para medir o avanço de suas ações, e muitos ambientes corporativos permanecem alheios ao preconceito etário. Entretanto, há uma vontade por mudanças. O que falta é clareza sobre como iniciar esse processo.

A preocupação com a diversidade geracional inclui tanto o público sênior quanto a geração Z. O foco deve ser em como as diferentes gerações podem colaborar e agregar valor ao mercado de trabalho. Mas, apesar do interesse das empresas sobre o tema, ainda há alguma resistência. Segundo a Right Management, existe uma mentalidade, na hora de uma eventual contratação, de que as pessoas maduras estão se aposentando ou vão se aposentar em breve e ter um outro momento de vida. De fato, o debate sobre etarismo ganhou relevância nos últimos anos, mas ainda aparece atrás de outros temas também importantes no mundo corporativo, como gênero, raça, pessoas com deficiências e do grupo LGBT+. Segundo a Labora, startup que une empresas e profissionais mais velhos, o atual momento é de despertar das empresas. De todas as diversidades, a da idade é a que mais cresce em termos de atenção das companhias.

E, agora, numa vida mais longa, há uma demanda por começar novos ciclos profissionais, porque a tecnologia e os mercados estão mudando muito rápido. Um dos quesitos para se manter produtivo no mercado de trabalho é dar oportunidade para as pessoas se reinventarem. Elas precisam entender quem são aos 50, aos 60 e aos 70 anos. O descasamento entre a renda da aposentadoria e o custo de vida elevado ajuda a explicar um outro dado sobre o mercado de trabalho dos mais velhos. Entre os profissionais com mais de 60 anos, 53,5% dos trabalhadores estão na informalidade, um resultado que só fica abaixo da faixa etária de 14 a 17 anos (72,9%), de acordo com dados da Pnad. Segundo a consultoria Tendências, para complementar a renda, muitos trabalhadores mais velhos acabam se sujeitando a qualquer tipo de trabalho. O fato é que o profissional maduro ou o idoso aposentado é devolvido ao mercado em situação trabalhista precária. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.