16/Oct/2024
A equipe econômica aposta no crédito com garantias como forma de turbinar os empréstimos com taxas de juros mais baixas do que as praticadas hoje no mercado, uma agenda que conta com o apoio do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Para isso, o governo mira quatro pilares: imóveis, veículos, previdência privada e o novo consignado privado, cuja proposta será enviada ao Congresso ainda neste ano. A meta é cortar pela metade o chamado spread bancário, que é a diferença entre o juro que o banco paga para captar recursos e a taxa que ele cobra para emprestar aos clientes. Hoje, o spread médio do País está em 20%, mais do que o triplo da média internacional, que é de 6%.
De um lado, o governo está reduzindo muito o custo para as empresas por meio da competição fora do sistema bancário (via mercado de capitais). Só que, para as pessoas físicas, os spreads continuam elevados. O rotativo e o cheque especial (duas linhas emergenciais que não têm garantia) puxam esse número para cima. O esforço da equipe econômica é tentar reduzir esse custo para 10% em um período de cinco anos. Isso daria um ganho de 3% no nível do PIB (Produto Interno Bruto). Isso só será alcançado se o governo conseguir aprovar um pacote de mudanças regulatórias embutidas em oito projetos de lei. Os textos, pendentes de análise no Congresso, incluem alterações em regras dos setores bancário e de seguros e no mercado de capitais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.