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16/Oct/2024

Conab: 1º levantamento da safra de grãos 2024/2025

O 1º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra brasileira de grãos na temporada 2024/2025 indica a produção de 322,47 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 8,3% em comparação com a safra anterior 2023/2024 (297,85 milhões de toneladas), ou 24,62 milhões de toneladas a mais. Os números correspondem a um novo recorde na série histórica da Conab. Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando de 79,83 milhões de hectares para 81,34 milhões de hectares. A produtividade média pode crescer 6,2%, de 3.731 quilos por hectare para 3.964 quilos por hectare. No caso da soja, principal cultura de verão, os produtores também devem destinar uma maior área para o grão, com elevação de 2,8% quando comparada com a temporada passada. No entanto, o percentual de crescimento de área da oleaginosa está arrefecido nesta safra, sendo este o terceiro menor percentual de incremento registrado desde o ciclo 2009/2010.

O atraso do início das chuvas, sobretudo nos Estados da Região Centro-Oeste, vem atrapalhando os trabalhos de preparo do solo e do plantio. Ainda assim, a produção está estimada em 166,05 milhões de toneladas, aumento de 12,7% ante a temporada anterior (147,38 milhões de toneladas). Para o milho, a projeção é de uma recuperação de 3,5% na safra, sendo estimada uma colheita total em torno de 119,74 milhões de toneladas, crescimento de 3,5% sobre a safra anterior (115,70 milhões de toneladas). A área deve ser mantida em 21 milhões de hectares. Na safra de verão (1ª safra 2024/2025), tanto a produção como a área cultivada, a expectativa é de redução de 1,1% e 5,4% respectivamente, passando para 3,76 milhões de hectares semeados, com a produção estimada em 22,72 milhões de toneladas ante 22,96 milhões de toneladas na safra de verão (1ª safra 2023/2024). No caso do algodão, a primeira previsão indica crescimento de 2,9% na área a ser semeada, para um total de 2 milhões de hectares.

A produção de pluma está estimada em 3,67 milhões de toneladas (praticamente estável ante 2023/2024). Neste ciclo, o arroz deverá apresentar crescimento de 9,9% na área semeada. A alta é verificada em todas as regiões do País, com destaque para as Regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde o incremento alcança 33,5% e 16,9% respectivamente. Só em Mato Grosso, os produtores vão destinar cerca de 133 mil hectares para o cultivo do cereal, com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/2024. Em Goiás esse aumento atinge 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%. A Região Sul, maior produtora de arroz no País, também tende a registrar uma maior área cultivada, alcançando cerca de 1,16 milhão de hectares. Esse cenário influencia na expectativa de maior produção, com a colheita sendo estimada em 12,05 milhões de toneladas, aumento de 13,8% ante ciclo anterior (10,59 milhões de toneladas) e recuperando o volume obtido na safra 2017/2018.

Com esses números, a previsão é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história. Isso é o resultado do trabalho dos produtores, em parceria com o governo federal, que voltou a elaborar políticas públicas para todo o campo agrícola brasileiro, contemplando pequenos, médios e grandes produtores. Para o feijão, deve haver um leve aumento na área semeada, saindo de 2,86 milhões de hectares em 2023/2024 para 2,88 milhões de hectares no atual ciclo. Cultivado ao longo do ano, a maior elevação é esperada para a área semeada na primeira safra da leguminosa, com uma alta de 2,3%, sendo estimada em 881,3 mil hectares, resultando em uma produção de 947,3 mil toneladas (pequeno aumento de 0,5% ante 2023/2024, que foi de 942,3 mil toneladas). A expectativa de produção total do grão no País, somando-se os três ciclos cultivados, é de 3,26 milhões de toneladas, 0,5% acima da safra anterior (3,24 milhões de toneladas).

A primeira expectativa de produção acima de 12 milhões de toneladas para as culturas de inverno não se confirmou, influenciada principalmente pelas condições climáticas registradas nas regiões produtoras. O trigo, principal cultura dentre os cultivos de inverno, teve a previsão de safra reduzida para 8,26 milhões de toneladas neste levantamento, o que ainda assim corresponde a um aumento de 2,1% ante 2023 (8,10 milhões de toneladas). Problemas no clima durante todo o ciclo, sobretudo no Paraná, como estiagem no início, a falta de clima frio predominante, ocorrência de dois períodos de geadas em agosto e de doenças justificam tal redução. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina o cenário é mais positivo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.