16/Oct/2024
Segundo o Ministério da Agricultura, os preços dos principais grãos produzidos no País, soja, milho e arroz, devem se manter estáveis até o fim do ano, à medida que estiver se definindo a safra brasileira 2024/2025. O cenário de preços considera as cotações internacionais e a dinâmica de comercialização desses grãos no mercado interno. Para o arroz, cujos preços subiram sobretudo no primeiro semestre deste ano, a perspectiva é de preços estáveis até o fim do ano e pressão sobre as cotações a partir de janeiro na colheita da safra. Agora, não há espaço para mudança de preços em função da queda de braço entre varejo e fornecedores.
Há dificuldade do consumidor de se apropriar do custo de preço maior na gôndola do supermercado. Essa disputa entre varejo, atacado e indústria mantém os preços estabilizados. Atualmente, os preços do arroz oscilam de R$ 25,00 a R$ 39,00 por pacote de 5 Kg no varejo, variando de acordo com a qualidade do produto. No mercado doméstico, a comercialização tende a se manter em ritmo lento, enquanto no mercado internacional, a indicação da Índia de retomar as exportações pode influenciar nos preços externos. A tendência de preços estáveis até o fim do ano se repete também para soja e milho. No milho, o mercado internacional na Bolsa de Chicago segue influenciado pelo clima, pelo início do plantio atrasado no Brasil e acompanhando a colheita nos Estados Unidos. Não há espaço de baixa de preço nessa entressafra para milho, com estoques já negociados.
No mercado internacional, a redução de exportação da Ucrânia deve fornecer fortalecimento aos preços, mas até dezembro não se vê pressão para alteração mudança em patamar de preço. Hoje, os preços oscilam em torno de US$ 165,00 e US$ 166,00 por tonelada na Bolsa de Chicago. A soja também deve manter cotações praticamente inalteradas até a colheita da próxima safra. O cenário é de aumento da produção e dos estoques norte-americanos da oleaginosa, de pequena queda nas importações pela China e preços sustentados acima de US$ 10,00 por bushel na Bolsa de Chicago. O pacote fiscal em discussão na China e as chuvas no Brasil podem alterar essa conjuntura. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.