ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

17/Oct/2024

América do Sul e a segurança alimentar mundial

Entidades do setor agropecuário da América do Sul assinaram, no dia 15 de outubro, um compromisso conjunto com a segurança alimentar mundial e do setor como parte da segurança climática global. "O setor agropecuário nos países sul-americanos constitui um pilar crucial na luta contra a fome, a insegurança alimentar e a transição energética global, sendo uma das principais ferramentas para mitigar os impactos das crises alimentares que afetam o planeta. A América do Sul, com suas vastas áreas agrícolas e diversidade de cultivos e sistemas produtivos, está em posição de contribuir significativamente para a oferta global de alimentos, apesar dos desafios impostos pelas mudanças climáticas e pela volatilidade dos mercados internacionais", defendem as entidades.

O posicionamento foi firmado por entidades do setor produtivo do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai durante a 1ª Cúpula Sul-Americana Agro Global 2024, realizado pelo Instituto Pensar Agro (IPA). O evento reúne, além de entidades do setor produtivo da América do Sul, parlamentares ruralistas destes países. Batizado de Carta de Brasília, o documento foi assinado Fundação Barbechando da Argentina, pelo Instituto Pensar Agropecuária do Brasil (IPA), pelo Instituto del Pensamiento del Agro do Chile e pela União de Sindicatos de Produção do Paraguai. As entidades afirmam no documento que os países sul-americanos não só atendem à demanda global por alimentos, mas também contribuem para transição energética.

A contribuição da agropecuária sul-americana está diretamente relacionada ao cumprimento dos objetivos sustentável almejados pela comunidade internacional, especialmente no que tange à erradicação da fome e à promoção da segurança alimentar. O acesso às tecnologias produtivas, inclusive biológicas, é um pilar fundamental para garantir a sustentabilidade da produção agropecuária, devendo estar disponível em todas as dimensões dessa atividade, defenderam os representantes do setor agropecuário sul-americano. As entidades afirmam no documento que os países da América do Sul mantêm níveis de preservação ambiental superiores à média global e defendem que os produtores rurais sejam vistos como parte da solução para as questões climáticas.

"Destacamos também o papel de liderança dos países sul-americanos diante dos desafios ambientais enfrentados pela comunidade internacional. A região, com seu enorme estoque de biodiversidade e áreas preservadas, desempenha um papel essencial na regulação do clima, mitigando os danos climáticos causados pelo desenvolvimento insustentável de muitas nações desenvolvidas", defenderam as entidades, citando serviços ambientais prestados pelos biomas da região. O documento cita a responsabilidade de todos de apoiar o desenvolvimento regional, com incentivo de mecanismos globais de financiamento e cooperação. Parte significativa das soluções climáticas mundiais dependem da conservação dos ecossistemas latino-americanos, destacou a carta. As entidades defenderam também o livre comércio e o multilateralismo sob o âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.