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18/Oct/2024

Exportação brasileira à Liga Árabe cresce em 2024

Segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, a exportação brasileira para a Liga Árabe (22 países) atingiu US$ 17,72 bilhões de janeiro a setembro, representando aumento de 25,64% em comparação com igual período de 2023. O superávit (exportação menos importação) no período é de US$ 9,74 bilhões, que já supera o do ano passado todo, US$ 8,68 bilhões. A previsão é fechar 2024 com um novo recorde em receita. A pauta de exportação foi liderada por açúcar, proteínas animais e minério de ferro. O agronegócio foi responsável por 74,85% das exportações. As vendas do setor avançaram 25,52%, para US$ 13,26 bilhões, com açúcar, frango, milho, carne bovina e soja na dianteira dos embarques, todos eles registrando avanços nos volumes embarcados na casa dos dois dígitos, à exceção da soja, que recuou 7%.

As vendas de açúcar cresceram 47,80%, para US$ 4,97 bilhões, com os Emirados Árabes Unidos liderando as compras. O país do golfo adquiriu US$ 997,26 milhões do produto, o triplo do adquirido no período anterior. O destino do açúcar foi principalmente para reexportação, com o produto sendo reembalado sob rótulos emiráticos. As vendas de frango cresceram 9,72%, para quase US$ 2,76 bilhões, com os Emirados Árabes no topo das compras (US$ 744,17 milhões, alta de 10,21%), seguido de Arábia Saudita (US$ 628,04 milhões, -1,52%, mas alta nos volumes de 5,32%) e Iraque (US$ 319,69 milhões, +40,13%), país que registrou um dos maiores aumentos de demanda na região.

O milho, usado como insumo de produção de carne de frango e da indústria alimentícia, sobretudo na Arábia Saudita, que tem criatórios de aves de empresas brasileiras e estatais locais, teve vendas 35,04% maiores, US$ 1,52 bilhão. A soja teve queda de 23,05% nas receitas, para US$ 986,13 milhões. As vendas de bovinos já são recorde, superando, inclusive, o total vendido em 2019, o melhor ano da série. De janeiro a setembro, as receitas subiram 88,95%, para US$ 1,44 bilhão, com os Emirados Árabes na liderança (US$ 547,02 milhões, +168,56%), seguido de Egito (US$ 244,37 milhões, +22,54%) e Arábia Saudita (US$ 203,04 milhões, +26,13%). O conflito que escala no Oriente Médio deve ser visto como um ponto de atenção para todo o setor exportador.

No entanto, a situação ainda não afetou diretamente os grandes mercados da região e nem foi capaz de desacelerar o ritmo dos embarques até aqui. Conflitos anteriores aumentaram os custos logísticos, mas nunca prejudicaram as vendas de forma significativa, até porque o Brasil exporta muitos gêneros de primeira necessidade. Os embarques devem manter o ritmo intenso nesta reta final do ano, com os importadores buscando reforçar os estoques para o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, que ano que vem começa mais cedo, no fim de fevereiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.