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18/Oct/2024

Inflação está dando sinais de aceleração em outubro

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 1,34% em outubro, após a alta de 0,18% em setembro. Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram elevação de 1,66% em outubro, ante uma alta de 0,14% em setembro. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram aumento de 0,53% em outubro, após o avanço de 0,02% em setembro. O INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve elevação de 0,57% em outubro, depois de subir 0,79% em setembro. Com o resultado, o IGP-10 acumula um aumento de 3,91% neste ano. A taxa acumulada em 12 meses ficou positiva em 5,10%.

Os aumentos nos preços da energia elétrica residencial (6,35%) e passagem aérea (4,24%) lideraram o ranking de pressões sobre a inflação ao consumidor medida pelo IGP-10 de outubro. Em relação ao mês anterior, sete das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas em outubro: Habitação (de 0,23% em setembro para 1,60% em outubro), Alimentação (de -0,43% para 0,08%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,10% para 0,57%), Despesas Diversas (de 0,66% para 1,76%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,18% para 0,32%), Comunicação (de -0,11% para 0,30%) e Vestuário (de -0,23% para -0,03%).

As principais contribuições partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (de 0,83% para 6,35%), hortaliças e legumes (de -14,92% para -7,75%), passagem aérea (de -1,29% para 4,24%), serviços bancários (de 0,62% para 1,99%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,30% para 0,22%), mensalidade para TV por assinatura (de 0,00% para 3,37%) e calçados (de -0,34% para 0,40%). Na direção oposta, a taxa foi mais branda apenas no grupo Transportes (de 0,13% para -0,23%), sob impacto do item gasolina (de 0,24% para -0,78%). O período de coleta de preços para o indicador de outubro foi do dia 11 de setembro a 10 deste mês.

Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), a energia elétrica residencial deve continuar como item de maior contribuição individual na aceleração do Índice de Preços do Consumidor da após contribuir com 15% na segunda quadrissemana de outubro, ou 0,08%. Ainda há incerteza de qual será a bandeira tarifária vigente em dezembro. O grupo de Habitação, para o qual energia elétrica residencial contribui, acelerou de 0,19% para 0,44% na segunda quadrissemana.

A Alimentação (0,77% para 1,00%) deve continuar como o principal grupo que contribui na aceleração no indicador. Os alimentos industrializados e semielaborados agora estão em tendência de acelerar. O maior problema deste ano é o fator climático, que já está impactando no custo de produção das carnes. Se vier outro evento que cause impacto nos pastos, na produção da carne ou de frutas, isso deve ter mais impacto na inflação. A projeção do IPC-Fipe próximo de 4,20% em 2024 está mantida, mas com viés de alta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.