ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

24/Oct/2024

BIP: investimento climático e transformação ecológica

O Brasil anunciou nesta quarta-feira (23/10) o lançamento da Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP), com o objetivo de incentivar investimentos internos para a transição ecológica e o combate à mudança climática. A função da plataforma será conectar investidores internacionais a projetos estratégicos de desenvolvimento sustentável no País. A BIP será guiada pelo Plano Clima, que norteará a política climática do País até 2035, com estratégias nacionais e planos setoriais nos eixos de mitigação e adaptação. Também terá como base o Plano de Transformação Ecológica, que coordena a transição verde da economia brasileira, com o objetivo de atingir a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa até 2050.

Segundo o governo brasileiro, é "crítico" mobilizar capital internacional voltado à transição climática para que o Brasil consiga atingir os objetivos de desenvolvimento e de combate ao aquecimento global. Atualmente, o País tem o compromisso de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em 53% até 2030 via redução do desmatamento, práticas de agricultura sustentável, descarbonização da indústria e aumento do uso de fontes de energia renovável, entre outras iniciativas. Apesar de esforços passados e atuais, os planos brasileiros para o clima receberam apenas uma fração do financiamento necessário para o atingimento dos objetivos. A BIP incluirá projetos dos setores público e privado, e permitirá o apoio aos esforços de transição climática de cidades e Estados.

Atualmente, a lista de iniciativas amparadas pela plataforma inclui planos da Acelen para o desenvolvimento de combustíveis renováveis, o projeto Corredores de Vida da Ambipar e do Instituto Ipê para restaurar a vegetação natural da Mata Atlântica e conectar os fragmentos florestais remanescentes, a produção de fertilizantes verdes pela Atlas Agro, a restauração de vegetação da Amazônia e da Mata Atlântica pela Biomas, uma planta de hidrogênio verde da Fortescue, o projeto Caldeira da Meteoric Resources para desenvolver métodos de extração de terras raras com baixa emissão de carbono e um projeto da Vale para induzir investimentos em hubs industriais no Brasil para a produção de hidrogênio verde e de hot-briquetted Iron (HBI, ou ferro-esponja). Os projetos, somados, chegam a US$ 10,8 bilhões em capital. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.