24/Oct/2024
A crise climática está se tornando mais perigosa e volátil, alerta estudo encomendado pela Presidência do Brasil no G20 e divulgado nesta quarta-feira (23/10). As maiores economias do mundo precisam adotar medidas urgentes para conciliar crescimento econômico e o combate às mudanças causadas pelo clima. A meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais requer ação urgente do G20 para definir uma nova direção para o crescimento. Intitulado "Um Planeta Verde e Justo: A agenda de 1,5°C para governar políticas industriais e financeiras globais no G20", o relatório é parte do trabalho de 12 especialistas convidados pelo governo brasileiro e que se reuniram ao longo deste ano para traçar recomendações independentes para a Força-tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima (TF-Clima), uma iniciativa do Brasil durante a Presidência do G20.
Segundo o estudo, as ações adotadas pelas maiores economias do mundo, responsáveis por cerca de 80% das emissões atuais e passadas de gases de efeito estufa, até o momento não têm a urgência e o comprometimento com a transformação econômica global necessária para atingir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. O planeta está sob ataque. O G20 pode implementar políticas e fornecer financiamento que revertam essa tendência. Além de defender medidas mais ousadas, o grupo de especialistas alerta para os impactos da crise climática, que incluem eventos extremos a exemplo das chuvas no Rio Grande do Sul e a temporada de furacões mais agressiva nos Estados Unidos, com a passagem do Helene e o Milton. As consequências serão mais severas para as populações de menor renda.
O fracasso terá impactos severos, com aumentos de temperatura, eventos climáticos extremos, elevação do nível do mar e perda e extinção de espécies, levando a consequências pesadas e irreversíveis para o bem-estar e os meios de subsistência humanos, segurança alimentar e hídrica, crescimento econômico e saúde planetária. Os especialistas recomendam que a estratégia industrial verde alinhada às metas dos países seja o pilar central dos planos de transição e que deve ocorrer de forma coordenada e alinhada com os Estados. Chamam a atenção para a importância da atração de capital tanto dos governos quanto da iniciativa privada para financiar as iniciativas verdes. Financiar esses investimentos exigirá capital público e privado de longo prazo e baixo custo, bem como estruturas de financiamento inovadoras para responder às necessidades dos países e às demandas do setor privado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.