24/Oct/2024
Segundo a Serasa Experian, o número de pedidos de recuperação judicial relacionados a CNPJs do agronegócio aumentou 129% (de 165 para 378) na comparação entre o primeiro semestre de 2024 com o mesmo período de 2023. O total inclui tanto produtores rurais com Pessoa Jurídica quanto empresas com CNAE de atuação no setor. Os maiores pedidos de RJ somam R$ 12,3 bilhões. Além disso, o Agro Score, indicador da Serasa Experian que analisa o setor, identifica piora ao longo de 2024. O indicador pode prever riscos de inadimplência dos produtores rurais e empresas ligadas ao agronegócio com vários meses de antecedência a partir do monitoramento de dados de empresas e produtores. O Agro Score mostra que os indicadores médios dos produtores e empresas relacionadas ao agro eram significativamente maiores do que o daqueles que solicitaram recuperação judicial, mesmo três anos antes do pedido.
Contudo, em relação às companhias do setor, é possível observar que a queda na pontuação vai continuamente se acentuando ao longo do tempo. Os dados apontam que o número de pedidos de recuperação judicial (RJ) apenas de produtores rurais soma 207 no primeiro semestre de 2024 contra 64 no mesmo período do ano passado. O aumento de 223% chama atenção, apesar de o montante representar apenas uma ínfima parte dos produtores ruais, que são mais de 5 milhões no País. Os produtores rurais que atuam com PJ realizaram 121 pedidos no período de análise, o que representa um aumento de 40,6% em comparação com os primeiros três meses do ano. É preciso lembrar que o agro é cíclico, passando por momentos de expansão e retração.
Além dos produtores rurais, as empresas que atuam com atividades diretamente ligadas ao agronegócio também demandaram por recuperação judicial. Durante o 2º trimestre de 2024, foram registrados 94 pedidos. Um aumento de 22% comparado aos três primeiros meses do ano. No total da comparação entre os primeiros semestres, são 171 contra 101, com aumento de 55%. Analisando os setores das empresas demandantes foi possível identificar que as Agroindústrias de Transformação Primária foram as que mais necessitaram do recurso durante o segundo trimestre deste ano, marcando 34 solicitações. Entre os segmentos mais afetados, o de Serviços de apoio à agropecuária (16), Indústria de processamento de agroderivados (13), Comércio atacadista de produtos agro primários (12), comércio atacadista de produtos agro processados (9). Fonte: Agrofy News. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.