25/Oct/2024
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu maior cooperação econômica global para o enfrentamento dos desafios atuais em discurso na última reunião ministerial da presidência do Brasil no G20, em Washington (EUA). 'Policrise' é uma nova expressão que entrou no léxico econômico global nos últimos anos. Haddad mencionou cinco desafios, que classificou como "urgentes". O primeiro está relacionado às mudanças nos padrões de produção e circulação e que criaram uma nova realidade econômica global.
É imperativo que o G20 continue a promover políticas capazes de apoiar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo em todo o mundo. Em segundo lugar, essas mesmas mudanças causaram uma concentração sem precedentes de renda e riqueza, com o aumento dramático da desigualdade em vários países. Haddad voltou a defender uma nova e ambiciosa agenda de tributação. Os países devem agir juntos para garantir que os super-ricos paguem sua cota justa em impostos de modo a combater a desigualdade.
O terceiro desafio é a mudança climática. Ele cobrou o aumento substancial do financiamento climático e ações para facilitar transições energéticas rápidas e equitativas. Como quarto desafio, Haddad citou maiores riscos de uma nova pandemia, exacerbados pela perda de biodiversidade e pelas mudanças climáticas. O G20 precisa, portanto, aumentar significativamente os investimentos em prevenção, preparação e resposta a pandemias, bem como investir nos 'Objetivos do Desenvolvimento Sustentável' relacionados à saúde.
O quinto desafio está relacionado à nova era de instabilidade e fragmentação política e econômica. É preciso continuar a avançar nas reformas de governança econômica global, atualizando e modernizando as instituições existentes e equipando-as para lidar com tais desafios. O ministro brasileiro defendeu que os desafios devem ser enfrentados com um sentido de pragmatismo e urgência. O mundo espera do G20 soluções concretas e factíveis. Mas, é preciso ir além e oferecer à humanidade a perspectiva de uma vida melhor, olhando não apenas para o futuro imediato, mas para o médio e o longo prazos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.