06/Nov/2024
Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a venda de blocos na Margem Equatorial brasileira teve aval das autoridades em 2013, inclusive do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e agora a discussão é para ver em que termos será concedida a licença ambiental para a exploração na região. A exploração da nova fronteira é fundamental para manter a produção de petróleo do País, principalmente levando em conta a perspectiva de declínio natural dos gigantescos campos do pré-sal. O pré-sal é incrível e gigantesco, mas não é um potencial infinito, de modo que o pico de produção do pré-sal estará em torno de 2030 e 2032.
Esse pré-sal hoje garante ao Brasil um petróleo que é o primeiro produto de exportação do País. Isso para a balança comercial do Brasil é ótimo, e para a sociedade brasileira garante bem-estar, receita e riqueza. Segundo ela, o Brasil não pode abrir mão da riqueza que pode estar escondida nos reservatórios da Margem Equatorial, a exemplo do que foi descoberto em países vizinhos, como Guiana e Suriname, e seria a melhor via para manter a produção em alta, além de também desenvolver uma área mais pobre do País. Trata-se de uma descentralização do investimento exploratório em benefício de regiões mais carentes do Brasil.
Ela afirmou que continua discutindo com o Ibama e respondendo aos questionamentos do órgão, mas explicou que considera que as respostas enviadas pela Petrobras já foram dadas. Mas, se os órgãos ambientais entenderem que ainda falta alguma coisa, a Petrobras irá responder e elucidar todas as questões e todos os pontos de dúvida. Sobre o mais recente parecer técnico do Ibama, no qual técnicos do órgão negavam pela segunda vez a licença para a exploração na bacia Foz do Amazonas, Magda observou que o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que vai exacerbar os detalhes necessário para emitir a licença. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.