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07/Nov/2024

Compromissos climáticos internacionais sob ameaça

Para a ECCON Soluções Ambientais, a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos tem o potencial de enfraquecer os compromissos climáticos como política pública internacional. Trump é contra os compromissos climáticos internacionais e a regulação ambiental como um todo. No longo prazo, alguns setores sairão penalizados por decisões de Trump, uma vez que soluções climáticas, provavelmente, terão sua velocidade reduzida. O agronegócio, provavelmente, será um dos mais impactados, já que depende de uma regularidade no clima. Porque sem avanços na busca por soluções climáticas, os eventos extremos tendem a aumentar de quantidade, de frequência, o que coloca o agronegócio em risco. No primeiro ano do mandato de Trump, o republicano retirou a maior economia do mundo da lista de signatários do Acordo de Paris, assinado em 2015.

O acordo é a política pública internacional mais relevante sobre a questão de mudanças climáticas e estará em discussão a partir de segunda-feira (11/11) na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), que ocorre em Baku (Azerbaijão). Na COP29, um dos temas centrais é o financiamento climático e o repasse de recursos de países desenvolvidos para as nações mais suscetíveis aos eventos de clima extremos e economias em desenvolvimento. Outro tema é a regulamentação do mercado de crédito de carbono. Se os Estados Unidos decidem desengajar da busca da redução das emissões de gases de efeito estufa e param de contribuir financeiramente para soluções climáticas globalmente, o mundo inteiro vai ter mais dificuldade para se descarbonizar. Com isso, todos os negociadores e todos os envolvidos vão ver mais dificuldades para o avanço da pauta.

Na gestão Trump, pode-se esperar um aquecimento de alguns setores da economia no curto prazo, principalmente em razão das suas promessas de reduzir tributação de empresas, diminuir taxas de empréstimos, aumentar taxação de importações da China e cortar gastos do governo. Por outro lado, as exportações de alguns países, entre eles, o Brasil - para os Estados Unidos tendem a reduzir, tal como ocorrido no primeiro mandato de Trump. Nos quatro anos de Trump, os Estados Unidos reduziram em quase 30% suas compras de produtos brasileiros em 2020. A China, com quem Trump deve reativar a guerra comercial travada no primeiro mandato, aumentou as importações do Brasil entre 2017 e 2020. Nesse ano, um terço das exportações brasileiras foram para o mercado chinês. Até então, as vendas oscilavam perto dos 25%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.