13/Nov/2024
Segundo levantamento da Serasa Experian, os pedidos de recuperação judicial no setor do agronegócio registraram queda de 40,7% no terceiro trimestre de 2024, na comparação com o trimestre anterior. Os requerimentos de produtores rurais pessoa física tiveram a maior redução, de 50,4%, passando de 214 para 106 pedidos. Entre os pequenos proprietários, a queda foi de 44 para 14 solicitações. Os arrendatários e grupos econômicos reduziram de 99 para 43, médios proprietários de 35 para 17 e grandes de 36 para 32 pedidos. Em pessoa jurídica, a queda foi de 23,9%, de 121 para 92 solicitações. O cultivo de soja foi exceção e registrou alta, passando de 53 para 59 pedidos. O setor de algodão também cresceu, de zero para 5 requerimentos.
A criação de bovinos caiu de 25 para 15, cereais de 23 para 5 e café de 7 para 3 pedidos. As empresas ligadas ao setor também mostraram retração nos pedidos, de 40,4%, caindo de 94 para 56 requerimentos. As agroindústrias de transformação primária lideraram a baixa, com redução de 34 para 10 solicitações. O comércio atacadista de produtos agropecuários primários caiu de 12 para 5 pedidos e serviços de apoio à agropecuária de 16 para 12. Em contrapartida, as indústrias de processamento de agroderivados aumentaram de 13 para 14 pedidos e os revendedores de insumos agropecuários de 6 para 10 solicitações. Por Estado, Mato Grosso liderou os pedidos entre produtores pessoa física no 3º trimestre, com 19 solicitações, seguido por Goiás (36) e Minas Gerais (4).
Entre pessoa jurídica, Minas Gerais registrou 5 pedidos, Mato Grosso 22 e Mato Grosso do Sul 22. A queda pode refletir um represamento de pedidos no segundo trimestre. Os dados mostram um cenário positivo, mas é preciso lembrar que a economia não costuma apresentar grandes mudanças em curtos períodos. O ideal é seguir analisando os próximos meses para chegar em conclusões mais assertivas. A ferramenta Agro Score pode ajudar a prevenir casos de recuperação judicial, identificando antecipadamente perfis com risco de inadimplência. Usar análises mais criteriosas para conceder linhas de crédito protege o mercado da realização de financiamentos com perfis economicamente instáveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.