13/Nov/2024
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, está otimista com a possível prorrogação da lei ambiental da União Europeia, prevista para entrar em vigor em 31 de dezembro. O Brasil e demais países importadores pediram o adiamento da implementação da normativa por pelo menos um ano. A lei proíbe a entrada no bloco de commodities de áreas desmatadas a partir de dezembro de 2020. Houve um posicionamento claro e forte da diplomacia brasileira, do próprio presidente Lula e do Ministério da Agricultura quanto ao desrespeito do Parlamento Europeu, ao transgredir a soberania nacional. O posicionamento brasileiro ao comissário europeu deu boa repercussão e a União Europeia já recuou, apoiado por países da América do Sul e alguns países da própria Comunidade Europeia.
A Comissão Europeia propôs o adiamento em um ano da lei ao Parlamento Europeu em 2 de outubro. O Conselho Europeu apoiou o pedido. Entretanto, para a lei ser prorrogada precisa ser aprovada pelo Parlamento dos países, o que está previsto para ser apreciado nesta quinta-feira (14/11). O Brasil não "foge" do seu compromisso de adotar medidas sérias no enfrentamento do desmatamento. O País tem um dos Códigos Florestais mais rigorosos do mundo e é cumprido por mais de 98% dos produtores rurais brasileiros. A ideia é avançar ainda mais, mas que isso não ocorra de forma impositiva, unilateral e transgredindo a soberania nacional. Segundo o ministro, os países querem discutir enfrentamento às mudanças climáticas, rastreabilidade e desmatamento de forma conjunta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.