14/Nov/2024

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que a COP30 vai ser a COP das COPs e vai ser a COP da implementação. Marina Silva defendeu que os países precisam começar a falar de vantagens colaborativas. É preciso transformar as vantagens comparativas em vantagens colaborativas e não mais em vantagens competitivas. As declarações foram dadas em painel no estande do Consórcio Interestadual Brasil Amazônia na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), que ocorre em Baku, no Azerbaijão. No mesmo painel, o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), afirmou que não cabe mais discutir quem ganha com a realização da conferência sobre mudanças climáticas em Belém.

Se der certo, vai dar certo para o Brasil, porque colocará o País na liderança da discussão sobre mudança climática no mundo. Ele afirmou que há carga de preconceito e desconfiança sobre a realização da COP30 na Amazônia. Mas, a coragem de fazer na região é algo muito maior do que os desafios. Barbalho afirmou que um cluster de dois centros de exposições para abrigar a Zona Azul e a Zona Verde da COP está em construção na região de um antigo aeroclube de Belém. Depois, a estrutura será reconfigurada e vai passar a abrigar o Parque da Cidade. Ele relatou que 60% das obras estão prontas e que a conclusão está marcada para agosto.

O governador disse que a hospedagem das dezenas de milhares de visitantes será feita de forma diversificada. Além da rede hoteleira existente, dois novos hotéis de alto padrão estão sendo construídos, um da rede Vila Galé e outra da Tívoli. Igrejas e 17 escolas públicas estão sendo reformadas para poder abrigar os visitantes e 4.500 imóveis foram inscritos no programa do AirBnB com o governo para preparação para aluguel de temporada. O governador afirmou ainda que serão construídos espaços com a ambientação de aldeias indígenas para receber os povos da floresta. Será a COP com a maior participação de povos indígenas.

O governador do Amapá, Clécio Vieira (Solidariedade), afirmou que, pela primeira vez na conferência global sobre mudanças climáticas, o mundo vai falar sobre a Amazônia com quem mora na Amazônia. Vai ser uma COP histórica, a COP do Brasil, de Belém e a COP da região metropolitana de Macapá. É preciso mudar a mensagem sobre o uso da terra no bioma amazônico. A mensagem que existe hoje é que quem desmatou ficou rico. Quem não devastou ficou na pobreza. Essa mensagem tem que ser mudada. Bons indicadores ambientais podem levar a melhores condições sociais e econômicas. Vieira defendeu que o Brasil mostre que é possível associar desenvolvimento econômico com a “floresta em pé”. “É possível associar desenvolvimento econômico com a floresta protegida, em pé. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.