14/Nov/2024
Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), os incêndios que ocorreram na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal desde 2020 pressionam as taxas de desmatamento no País. Pelos critérios do Prodes, após dois a três anos de queimadas e de vegetação degradada em consequência disso, a área afetada já entra como "área desmatada". O Prodes é o Projeto de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal, que acompanha, por imagens de satélites, a taxa de desmatamento no Brasil. Haverá um aumento de pressão de desmatamento por consequência dos incêndios justamente no ano em que será realizada a Conferência do Clima no Brasil, em Belém, a COP30. Mesmo assim, o MMA conseguiu reverter o quadro de incêndios no Pantanal, em relação a 2020. Em 2020, cerca de 30% do bioma pegou fogo, este ano, 20%.
Essa situação afeta não só a imagem do agro, mas também a economia. A colaboração do setor agropecuário é determinante para combater o desmatamento ilegal no País, por mais que o setor se isole da responsabilidade deste tipo de desflorestamento. A colaboração do setor agropecuário nesse quesito é fundamental não porque a maior parte do desmatamento ilegal seja proveniente do agro, mas porque o governo federal precisa principalmente de apoio político neste tema. Sob este aspecto, há no Congresso Nacional, um "ativismo político" contra iniciativas do governo federal que tenham por objetivo inibir o desmatamento ilegal. Há iniciativas para vedar medidas do governo nesse sentido. Isso inibe o poder do Executivo para garantir que 90% do desmatamento na Amazônia seja controlado. E o setor agropecuário, com seu ativismo político, precisa apoiar isso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.