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14/Nov/2024

Brasil: mitigação de perdas por mudanças climáticas

O Brasil precisa construir uma agenda de ações para reduzir os efeitos das mudanças climáticas no agronegócio. A Brasilseg (empresa da BB Seguros) destacou que o Brasil teve perdas de R$ 287 bilhões relacionadas a eventos climáticos adversos entre 2012 e 2022. Só em 2022, foram R$ 67 bilhões. Do total da década, cerca de 27% foram indenizados pelas seguradoras, de acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Esse relatório não inclui os prejuízos provocados pelas secas severas dos últimos dois anos, o que torna a situação ainda mais preocupante, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Só em 2024, as queimadas afetaram 25 milhões de hectares, sendo 4 milhões na Amazônia, e comprometeram 20% do bioma do Pantanal.

A colaboração do setor agropecuário é determinante para combater o desmatamento ilegal no País, por mais que o setor se isole da responsabilidade deste tipo de desflorestamento. Não porque a maior parte do desmatamento ilegal seja proveniente do agro, mas porque o governo federal precisa principalmente de apoio político neste tema. As pressões sobre o Brasil aumentam por causa da proximidade da COP30, que será em 2025 em Belém (PA). O País precisa estar preparado para responder a elas. O contexto climático é muito desafiador, tanto para o poder público quanto para o segmento privado. É inevitável que a conservação dos biomas esteja associada ao agro. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) alertou que a intensificação das mudanças climáticas aumenta os riscos para a agricultura, principalmente o de falta de água.

As perdas agrícolas estão vinculadas ao déficit hídrico. Os desafios são entender onde as perdas acontecem e tentar mitigá-las. Com o aumento das temperaturas, há tendência de haver redução ainda maior da disponibilidade de água. Daí a importância de práticas de agricultura regenerativa. O cenário também preocupa a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Um dos diferenciais do Brasil no competitivo mercado mundial é a capacidade de tirar mais de uma safra em uma mesma área, o que pode ficar comprometido pelas condições extremas do clima. Por isso, é fundamental que o País aprenda a ter uma agenda de adaptação e de mitigação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.