15/Jan/2025
Apesar da tendência de clima mais favorável para a agricultura, o Bradesco prevê a inflação de alimentos próxima a 7,2% neste ano, levando em conta o efeito da queda dos abates nos preços das proteínas. A alimentação no domicílio foi o grupo que mais surpreendeu na inflação do ano passado. O IPCA terminou 2024 marcando 4,8%, acima dos 3,6% previstos pelo Bradesco no início do ano, tendo como premissa, na época, um arrefecimento da economia e alguma apreciação cambial. Porém, além da resiliência na atividade econômica, a inflação foi afetada pela depreciação de 27% do Real. Também houve choques climáticos, que, além do impacto nas lavouras, levaram a cobranças adicionais nas tarifas de energia, e uma deterioração rápida das expectativas.
Para 2025, parte importante do choque cambial ainda pressionará núcleos, sobretudo no primeiro trimestre. Porém, junto com o cenário climático próximo da neutralidade, o maior nível de restrição monetária já observado, com o juro real podendo chegar próximo de 10%, tende a contribuir, na ausência de novos choques, para a desaceleração do crescimento, com consequente redução da inflação. O cenário para energia elétrica e gasolina é bastante incerto. Não há previsão, por ora, de reajuste nos combustíveis, mas a defasagem da gasolina e do diesel em relação aos preços internacionais levanta a dúvida sobre o comportamento dos preços no curto prazo. Para a energia elétrica, a expectativa é de reajuste médio próximo a 3%, e nenhum efeito de bandeira tarifária. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.