20/Jan/2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo fará a reforma do imposto de renda com "cautela", assim como aprovou a reforma sobre o consumo, e voltou a explicar que, para compensar a ampliação do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, os que recebem muito e pagam quase nada irão pagar "um pouco mais" de imposto. A lógica da compensação já foi apresentada no fim do ano passado, com a criação de uma tributação mínima para super ricos. O governo, contudo, ainda não enviou o projeto ao Congresso porque a Receita Federal ainda está rodando cálculos para corrigir uma regra que pareceu inconsistente nos estudos da proposta.

Segundo o ministro, todos, entre empresários e pessoas de renda mais baixa, poderão se manifestar e opinar sobre a proposta. A ideia é buscar justiça e neutralidade. Haddad voltou a explicar que a fórmula elaborada pelo Ministério da Fazenda vai considerar os tributos que já foram pagos pela empresa de contribuintes que se encaixarão na regra do imposto mínimo, para que a alíquota padrão do IR passe a ser efetiva. Se já está com alíquota efetiva de acordo com padrão, você vai continuar isento porque a empresa está pagando, mas se ninguém está pagando, vai incidir IR.

Eventualmente uma pessoa que recebe dividendos vai continuar não pagando. O ministro, que classificou o plano como uma “boa fórmula”. Haddad afirmou ainda ser um percentual pequeno o de brasileiros que não pagam o imposto devido nem por meio da empresa empregadora ou via pessoa física. "Não dá 0,1% de brasileiros". O ministro também lembrou que a ampliação da isenção do imposto de renda é uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, o Brasil vai figurar entre os melhores sistemas tributários do mundo, mais justo e eficaz. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.