20/Jan/2025
Em sessão marcada pela expectativa antes da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (20/01), o dólar oscilou entre altas e baixas na sexta-feira (17/01) e encerrou próximo da estabilidade, ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha defendido que a divisa esteja “cara” para os fundamentos do País. O dólar fechou em leve alta de 0,16%, a R$ 6,06. Na semana passada, porém, a moeda acumulou baixa de 0,62%. No início da sessão, o dólar registrou volatilidade maior ante o Real, com investidores se preparando para a posse de Donald Trump e repercutindo alguns números da economia chinesa e dos Estados Unidos. O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5,4% no quarto trimestre de 2024, ante o mesmo período do ano anterior, superando a projeção de 5,0%.
No acumulado do ano passado, o crescimento chinês atingiu a meta de 5% do governo. Nos Estados Unidos, a produção manufatureira aumentou 0,6% em dezembro, após ganho revisado para cima de 0,4% em novembro, informou o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Neste cenário, o dólar oscilou entre a cotação mínima de R$ 6,02 (-0,45%) e a máxima de R$ 6,09 (+0,60%). No entanto, não havia gatilhos fortes para o dólar se firmar em nenhuma direção. Assim, na segunda metade da sessão, as cotações se mantiveram próximas da estabilidade e a liquidez foi reduzida. Embora esta segunda-feira (20/01) possa ser importante para os ativos globais, em função da posse de Donald Trump, o dia também será coincidentemente de feriado nos Estados Unidos (Dia de Martin Luther King), o que manterá a bolsa norte-americana fechada, reduzindo a liquidez nos mercados de câmbio em todo o mundo.
Entre os agentes do mercado, uma das avaliações é de que, dependendo das medidas a serem adotadas no início do governo Trump (se mais ou menos inflacionárias para os Estados Unidos), os Treasuries tendem a passar por ajustes mais fortes, assim como o dólar, com reflexos também para as cotações no Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pontuou que a cotação do dólar depende de algumas variáveis, inclusive da geopolítica internacional, que não estão sob o controle do governo. Ao mesmo tempo, defendeu que um dólar acima de R$ 6,00 é caro, considerando os fundamentos do País. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.