22/Jan/2025
A Brazil House, iniciativa do setor privado para chamar a atenção ao Brasil durante o Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos, na Suíça, quer se firmar como uma espécie de “âncora brasileira” no evento, que começou na segunda-feira (20/01), e vai até a sexta-feira (24/01). A Brazil House é uma iniciativa liderada pelo BTG Pactual em conjunto com outras empresas como a mineradora Vale, além de Gerdau, Ambipar, Be8, JHSF e Randoncorp. O local será utilizado pelos executivos dos patrocinadores para receber líderes internacionais, mas também para falar de Brasil e de temas globais de interesse ao País. As empresas investiram R$ 13 milhões na iniciativa, em meio ao desfalque do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por mais um ano nos Alpes Suíços. O Brasil precisa “aparecer” em Davos, pois é um ambiente em que estão os tomadores de decisão de todo o mundo. Para alguns participantes, o governo Lula deveria ter mandado representantes para o evento, independentemente dos desafios internos.
No ano passado, a ausência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, frustrou os espectadores. Neste ano, novamente a falta de representatividade do Brasil gerou uma série de críticas entre os participantes do Fórum. A pauta doméstica impediu o chefe da equipe econômica de Lula de vir a Davos, que ocorre após a crise do Pix, além das questões fiscais e a reforma ministerial em andamento. Para empresários e autoridades que estão na Suíça, a ausência do Brasil em Davos é “meio esperada”, visto que nem o atual governo nem os antecessores dão muita atenção ao evento. Dentre os palestrantes, estão previstos nomes como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, o governador do Pará, Helder Barbalho, e o prefeito do Rio de janeiro, Eduardo Paes, o CEO da Conservation International, M. Sanjayan. A Brazil House atrai olhares curiosos, que param, olham e demonstram surpresa com o local, além da música brasileira, que também é um atrativo. Ainda não se sabe, porém, se a Brazil House passará a ocupar uma cadeira cativa em Davos.
Uma das inspirações para a Brazil House foi a Argentina, que teve um espaço no local no passado. Neste ano, países como Índia, que ocupou o espaço da Rússia em meio à guerra na Ucrânia, Emirados Árabes e a África do Sul, que preside o G20 em 2025, estão com espaços na Promenade, principal rua de Davos, onde também está localizada a Brazil House. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi "escalado" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para representar o governo no Fórum Econômico Mundial de Davos. Silveira terá encontros com CEOs do setor de energia e ministros de outros governos. Silveira terá como foco atrair investimentos para a agenda verde do Brasil. A avaliação do Ministério de Minas e Energia é que há uma "janela de oportunidade" para o Brasil com o reposicionamento do governo norte-americano na questão energética, com a gestão de Donald Trump. O ponto central das discussões neste ano será o avanço tecnológico, sob o tema "Cooperação para a Era Inteligente". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.