22/Jan/2025
O dólar fechou esta terça-feira (21/01) em leve baixa ante o Real, numa sessão com noticiário esvaziado no Brasil e cautela em relação ao cenário externo, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não anunciar novas tarifas de importação ao assumir o mandato na véspera. Ao contrário do que ocorreu na segunda-feira (20/01), quando realizou dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra no futuro), o Banco Central se manteve longe dos negócios. O dólar fechou em leve queda de 0,18%, a R$ 6,03. Em janeiro, a moeda acumula baixa de 2,39%.
Na segunda-feira (20/01), o dólar já havia cedido ante o Real após notícias de que Donald Trump não iria impor novas tarifas de importação em seu primeiro dia na Presidência dos Estados Unidos, o que foi posteriormente confirmado. Por trás do movimento está a percepção de que tarifas não tão elevadas significam inflação e juros não tão altos nos Estados Unidos, o que favorece divisas de países emergentes. A venda de US$ 2 bilhões ao mercado pelo Banco Central, nas operações de linha, foi outro fator de acomodação para as cotações na véspera. Nesta terça-feira (21/01), porém, o Banco Central não atuou, ao mesmo tempo em que os agentes seguiram atentos à política de Donald Trump e seus desdobramentos nos ativos globais.
Segundo a W1 Capital, tudo indica que Donald Trump vai ter cautela antes de subir as tarifas. O DXY (dólar index) caiu, o euro está se valorizando e o dólar entrou num movimento um pouco melhor. O dólar chegou a subir ante uma cesta de moedas fortes, mas depois se reaproximou da estabilidade, depois de ter recuado mais de 1% na segunda-feira (20/01). No Brasil, a moeda norte-americana atingiu a máxima de R$ 6,06 (+0,44%), logo após a abertura e em sintonia com o avanço firme no exterior, mas perdeu força até uma mínima de R$ 6,01. Depois disso, oscilou muito próximo da estabilidade até o fechamento. O mercado está digerindo as informações sobre quais vão ser as prioridades do governo Trump e seus efeitos ao redor do mundo.
Países que estão na mira mais imediata das tarifas de Donald Trump, como México e Canadá, viram suas moedas serem penalizadas mais diretamente nesta terça-feira (21/01). O peso mexicano era a divisa que mais se desvalorizava no mundo e o dólar canadense também estava em queda. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,07%, a 108,060. O Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 5 de março de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.