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23/Jan/2025

Endividamento das famílias tem 2ª queda seguida

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as famílias brasileiras ficaram menos inadimplentes e menos endividadas na passagem de novembro para dezembro de 2024. A proporção de famílias com contas a vencer recuou de 77,0% em novembro para 76,7% em dezembro. Houve melhora também em relação a dezembro de 2023, quando 77,6% estavam endividados, uma queda de 0,9% em um ano. Pela segunda vez consecutiva, menos famílias brasileiras fecharam o ano endividadas. A redução do endividamento pode ser atribuída à maior cautela dos brasileiros diante do cenário econômico com elevação da taxa Selic e da inflação, o que dificulta o acesso e aumenta o custo do crédito.

A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa. A fatia de consumidores com contas em atraso diminuiu de 29,4% em novembro para 29,3% em dezembro de 2024. Em dezembro de 2023, a proporção de famílias inadimplentes era mais baixa: 28,8% tinham contas em atraso. A proporção de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas vencidas, ou seja, que permaneceriam inadimplentes, subiu de 12,9% em novembro para 13,0% em dezembro, maior patamar da série histórica. Essa parcela era de 12,2% em dezembro de 2023. A parcela da renda comprometida com o pagamento de dívidas desceu a 29,8% do total dos ganhos familiares em dezembro, o menor nível de comprometimento médio para o mês desde 2019. O prazo médio para a quitação de dívidas subiu para 7,4 meses, o que demonstra uma busca por melhores condições de pagamento.

Em 2023, o tempo médio registrado para quitação de dívidas foi de 6,9 meses. Os dados mostram que, embora o endividamento tenha se tornado mais sustentável em termos de renda comprometida e prazo, a alta dos juros e o encarecimento do crédito dificultaram a gestão financeira das famílias. É necessário reforçar a educação financeira e implementar políticas de renegociação de dívidas bem estruturadas. Para 2025, a CNC recomenda cautela quanto ao acompanhamento da inadimplência, em um cenário de juros elevados cobrados do consumidor. A conjuntura econômica instável, marcada por juros altos e inflação persistente, exige atenção para a gestão das finanças pessoais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.