24/Jan/2025

Desastres naturais e condições climáticas severas custaram à economia global US$ 417 bilhões no ano passado, incluindo US$ 154 bilhões pelos quais as seguradoras estavam no gancho. O ano passado foi o ano mais quente registrado desde 1850 e viu um recorde de 21 catástrofes naturais com preços multibilionários, de acordo com um relatório da Gallagher Re, uma corretora de resseguros. A tendência de aumento de perdas pode ser explicada, em parte, pelo aquecimento do clima. As mudanças climáticas tendem a tornar eventos climáticos como furacões, em média, mais severos, mas não necessariamente mais frequentes.

Perdas relacionadas ao clima foram impulsionadas pela inflação no custo de reconstrução e expansão das cidades, o que cria mais áreas construídas que podem ser atingidas por tempestades onde antes havia áreas rurais. Os US$ 154 bilhões em perdas cobertas por seguradoras em todo o mundo representaram um aumento de 27% em relação à média de 10 anos. Tempestades e tempestades de granizo mais fortes, denominadas pelas cientistas como "tempestades convectivas severas", também levaram a maiores perdas gerais relacionadas a catástrofes. Essas tempestades consideradas juntas causaram pelo menos US$ 64 bilhões em perdas seguradas.

Os eventos individuais mais caros para as seguradoras em 2024 foram o furacão Helene e o furacão Milton, que custaram cerca de US$ 20 bilhões cada. Os incêndios recentes na área de Los Angeles (EUA) apontam para outro desenvolvimento climático: clima extremo ocorrendo fora da estação esperada. Embora as áreas afetadas pelos incêndios de Los Angeles sejam áreas de risco conhecidas, as condições secas que permitiram a propagação dos incêndios foram muito incomuns para janeiro. Todo o conceito de uma temporada de incêndios florestais ou de tempestades convectivas severas, essa velha maneira de pensar será amplamente irrelevante daqui para frente. É preciso se preparar para isso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.