20/Feb/2025
A resolução apresentada pelo Partido Socialista francês que reivindica a inclusão no direito europeu de “medidas-reciprocas” para obrigar os países como o Brasil a respeitar as normas sociais e sanitárias em vigor na União Europeia foi adotada no dia 30 de janeiro. A União Europeia e os países do Mercosul começaram a negociar este acordo em 1999, que deveria inicialmente reger as relações comerciais, mas também políticas e econômicas entre os europeus, por um lado, e Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, por outro.
O tratado permite à União Europeia, que já é o maior parceiro comercial do Mercosul, exportar mais facilmente seus produtos industriais como carros, máquinas e produtos farmacêuticos. Em contrapartida, o texto autoriza aos países do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) venderem para o bloco produtos do agronegócio como carne, soja, etc. O acordo interessa ao Brasil, mas divide os europeus. Uma parte do bloco, liderado pela Alemanha, defende o acordo, esperando se beneficiar de tarifas mais vantajosas para exportar seus produtos manufaturados. Outra parte do bloco, liderado pela França, se opõem vigorosamente ao acordo, para proteger o seu setor agrícola.
Em dezembro de 2024, após 25 anos de debates, a presidente Ursula von der Leyen da Comissão Europeia, que tem o mandato para negociar com o Mercosul, declarou que o acordo havia sido concluído, apesar das inúmeras divergências existentes entre os dois blocos. A decisão suscitou críticas na França. Franceses e seus aliados reivindicam que sejam respeitadas, pelo Mercosul, as normas ambientais e de saúde para evitar uma eventual concorrência desleal com os produtores da União Europeia. Fonte: Agrimídia. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.