ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

21/Feb/2025

Restrição de crédito no Agro e demanda por seguro

Segundo a Allianz Trade Brasil, a dificuldade de acesso ao crédito tem aumentado a demanda por seguros no agronegócio, mas também exige uma análise mais criteriosa dos riscos. A dificuldade, o encarecimento, enfim, qualquer que seja o problema em relação a um segmento de crédito, na verdade gera um pouco mais de demanda para o setor, porque é um cenário adverso, que normalmente faz com que as pessoas procurem proteção. Desde 2023, após o caso de recuperação judicial das Americanas, houve um aumento substancial na procura por seguros. Em 2024 ele manteve-se estável. O mercado de crédito está difícil.

A Americanas foi o gatilho para o início de tudo isso, os bancos começaram a ser mais restritivos, em paralelo a taxa de juros aumentando. O agronegócio vive um momento especialmente desafiador. A agricultura brasileira se faz com crédito e o crédito, ao longo dos últimos meses, vem ficando cada vez mais escasso. Seja pelos juros (Selic com perspectiva de 15%, 15,5%) seja pela percepção de risco. Para 2025, a Allianz Trade projeta crescimento de 10% a 15% no número de pedidos de recuperação judicial (RJ), após alta de cerca de 37% em 2024. No ano passado, a seguradora enfrentou uma RJ relevante no setor, da AgroGalaxy, com impacto estimado entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões para a indústria de seguros.

O prazo do agro faz com que se tenha menos tempo para agir. É possível identificar problemas e sair daquele risco, só que o que foi vendido até aquele momento está coberto pela apólice. Esse é um desafio para operar no setor. Em resposta ao cenário mais complexo, a seguradora aumentou o rigor nas análises, mas mantém o agronegócio em seu portfólio. Para 2025, a expectativa é de estabilidade. Houve um crescimento grande em 2023 e 2024, aumentou o apetite e exposição. Agora, para dar um passo adiante num cenário macroeconômico desafiador, é o “quebra-cabeças” que terá que ser feito dentro de casa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.