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28/Feb/2025

Brasil: desemprego recua no trimestre até janeiro

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (27/02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2025. É o menor índice para um trimestre encerrado em janeiro desde 2014, quando a taxa também foi de 6,5%. Um ano antes, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,6%. No trimestre encerrado em outubro de 2024, a taxa de desocupação estava em 6,2%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.343,00 no trimestre encerrado em janeiro de 2025. O resultado representa alta de 3,7% em relação ao mesmo período um ano antes. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 339,5 bilhões no trimestre até janeiro, alta de 6,2% ante o trimestre encerrado em janeiro de 2024. No trimestre terminado em janeiro de 2025, faltou trabalho para 18,066 milhões de pessoas no País, das quais 7,2 milhões estavam sem nenhum trabalho.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 15,5% no trimestre terminado em janeiro, de 15,4% no trimestre até outubro de 2024. Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial (pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar). Um ano antes, no trimestre até janeiro de 2024, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 17,6%. A população subutilizada (18,066 milhões) aumentou em 1,1%, ou 193 mil pessoas, ante o trimestre até outubro e recuou 11,1%, ou 2,24 milhões de pessoas, no ano. O Brasil registrou 3,183 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em janeiro de 2025. A população desalentada cresceu 4,8% no trimestre (mais 147 mil pessoas) e teve redução de 10,9% (menos 389 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,8%) variou 0,1% no trimestre (2,7%) e recuou 0,4% no ano (3,2%).

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. O Brasil perdeu 641 mil postos de trabalho no trimestre até janeiro de 2025, ante os três meses até outubro de 2024. Trata-se de um recuo de 0,6% na ocupação ante o trimestre anterior. Com isso, a população ocupada somou 102,97 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro. Em um ano, porém, houve alta de 2,4%, e 2,37 milhões de pessoas encontraram uma ocupação. A população desocupada aumentou em 364 mil pessoas em um trimestre, totalizando 7,2 milhões de desempregados no trimestre até janeiro. Em um ano houve redução de 13,1% nesse grupo, e 1,1 milhão de pessoas encontraram emprego.

A população inativa ou fora da força de trabalho, por sua vez, somou 66,75 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro, 640 mil a mais do que no trimestre anterior (+1%). Na comparação com um ano atrás, esse contingente teve alta de 0,3%. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) ficou em 58,2% no trimestre até janeiro, 0,5% abaixo do registrado no trimestre encerrado em outubro, e 0,9% acima do nível registrado um ano antes, em janeiro de 2024. A administração pública teve uma perda de 469 mil postos de trabalho no trimestre móvel até janeiro, liderando as perdas no período. Essa perda de vagas no setor público é uma tendência em quase todo início de ano, sendo válida sobretudo para empregados na Educação e Saúde pública. É um período de renovação de contratos, então pode ser que no próximo mês parte desse contingente seja recontratado ou cheguem novas pessoas para essa função.

A administração pública chegou a janeiro com 18,38 milhões de empregados, 2,5% a menos do que no trimestre encerrado em outubro, mas 2,9% a mais do que um ano atrás. O rendimento médio habitual do setor ficou em R$ 4.621,00. Depois da administração pública, o setor que mais perdeu vagas de emprego foi a Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com menos 170 mil postos de trabalho no período. Com isso, essas atividades chegaram a janeiro com 7,75 milhões de empregados, 2,1% a menos que o trimestre até outubro, e 1,4% abaixo do registrado há um ano. O rendimento médio habitual na agricultura e afins ficou em R$ 2.043,00 no período. O movimento desta parcela do mercado de trabalho acompanha uma tendência mais estrutural de mecanização, que tem levado a uma redução da mão de obra nessas atividades. Essa redução do emprego na agricultura vem acontecendo de forma constante. No mesmo trimestre de 2013 havia mais de 10 milhões de empregados, hoje são 7,7 milhões.

Outra perda relevante, que contribuiu para o saldo negativo do emprego no trimestre até janeiro, foi a de serviços domésticos (-138 mil vagas), levando o pessoal empregado na atividade a 5,8 milhões de pessoas. Este número ficou 2,3% abaixo do trimestre encerrado em outubro e 2% menor que há um ano atrás. Setor que mais gerou empregos no trimestre, 134 mil novas vagas, o comércio chegou a janeiro com 19,72 milhões de empregados, 0,7% maior do que três meses antes e 3,4% maior do que no mesmo período do ano anterior. Também como gerador de empregos no trimestre até janeiro, surge Transporte, armazenagem e correio, com 81 mil novas vagas, totalizando 5,9 milhões de empregados (+1,4% em três meses e +2,6% em um ano). O grupo de atividades ligadas à informação, comunicação e atividades financeiras gerou 51 mil novas vagas, alcançando 13,08 milhões de empregados (+0,4% em três meses e +2,9% em um ano). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.