18/Mar/2025
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, determinou que o Ministério da Defesa revise a compra dos caças F-35 dos Estados Unidos para avaliar alternativas "dado o ambiente em mudança". O Canadá assinou um acordo para comprar 88 unidades em 2023, ainda sob o governo do ex-primeiro-ministro Justin Trudeau. Carney, que tomou posse na sexta-feira (14/03), pediu para avaliar se o contrato representa o melhor investimento para o Canadá e se há opções que atendam melhor às necessidades do país. O contrato do F-35 não foi cancelado, mas é preciso considerar o ambiente atual, e garantir que ele esteja alinhado com os interesses dos canadenses e das Forças Armadas do Canadá. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou uma guerra comercial contra o Canadá e ameaçou sanções econômicas para pressionar o país a se tornar o 51º estado norte-americano.
As declarações têm irritado os canadenses, que vaiam o hino dos Estados Unidos em jogos da NHL e da NBA. Turistas cancelam viagens ao país vizinho, e consumidores evitam produtos norte-americanos. O governo canadense havia orçado cerca de 19 bilhões de dólares canadenses (US$ 13 bilhões) para os caças, no maior investimento da Real Força Aérea Canadense em mais de 30 anos. O custo total do programa pode chegar a 70 bilhões de dólares canadenses (US$ 49 bilhões). A escolha pelos F-35 foi anunciada em 2022, após a Lockheed Martin ser classificada como a melhor oferta em um processo de concorrência para substituir os antigos F-18. O governo descartou o Boeing Super Hornet e o Gripen, da sueca Saab, que prometia montagem e manutenção dos caças no Canadá. Posições recentes dos Estados Unidos levaram o país a reavaliar a compra dos F-35, temendo restrições futuras ao uso e manutenção dos caças. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.