18/Mar/2025

Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impõe tarifas sobre produtos de países ao redor do mundo, governos estrangeiros estão respondendo com tarifas próprias. A China tem como alvo produtores de milho e fabricantes de automóveis. O Canadá colocou tarifas sobre indústrias de aves e fabricantes de ar-condicionado, enquanto a Europa atingirá siderúrgicas e matadouros norte-americanos. As tarifas retaliatórias foram cuidadosamente projetadas para atingir Donald Trump onde dói: quase 8 milhões de norte-americanos trabalham em indústrias alvos dos impostos e a maioria é de eleitores de Trump.

Os números ressaltam o impacto dramático que uma guerra comercial poderia ter sobre os trabalhadores norte-americanos, potencialmente fazendo com que a estratégia econômica do republicano se voltasse contra ele. Donald Trump reiterou que deve avançar com o plano de taxar diversos produtos importados pelos Estados Unidos a partir do dia 2 de abril, a despeito das recentes perturbações no mercado financeiro e do nervosismo com os impactos econômicos da nova política tarifária norte-americana. Embora já tenha mudado o discurso em relação a tarifas de alguns setores específicos, como automóveis importados do México e do Canadá, Trump afirmou que não pretende abrir exceção ou adiar a aplicação das tarifas que chama de recíprocas. Fontes: New York Times e Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.