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18/Mar/2025

Brasil será principal fornecedor global de alimentos

Segundo a SLC Agrícola, o Brasil está bem-posicionado para ampliar sua participação na oferta global de alimentos nos próximos 10 a 15 anos, mas ainda enfrenta desafios logísticos que afetam sua competitividade. De acordo com a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve alcançar uma produção recorde de grãos. Isso exige maior eficiência logística, mas é importante salientar que o País tem conseguido escoar sua produção. Enquanto países desenvolvem infraestrutura antes de expandirem sua produção agrícola, o Brasil segue uma lógica inversa. Normalmente, aumenta a produção e, quando surgem gargalos, busca soluções logísticas. Isso tem ocorrido historicamente no País. Apesar da evolução, o custo logístico brasileiro ainda está entre os mais altos do mundo. O custo de produção dentro da fazenda é competitivo, mas os gastos com transporte até os portos seguem sendo um grande desafio.

Porém, há avanços na infraestrutura portuária, especialmente no Arco Norte, que já responde por um terço das exportações brasileiras de grãos. A adoção de novas tecnologias também tem sido uma peça-chave para elevar a competitividade do agro nacional. O avanço no uso de ferramentas digitais e controle biológico de pragas são destaques. A agricultura digital permite ao produtor aumentar sua eficiência e reduzir custos. O Brasil tem investido fortemente no controle biológico de pragas e os resultados são positivos. Para os próximos anos, o Brasil será protagonista no abastecimento mundial de alimentos. A demanda global deve crescer expressivamente nos próximos anos. O Brasil está preparado para atender esse crescimento porque tem terras disponíveis para conversão em áreas produtivas, tecnologia avançada e um setor agrícola resiliente.

Para a 3tentos, o desenvolvimento da indústria de processamento de alimentos no interior do Brasil pode ser uma solução estratégica para os gargalos logísticos do agronegócio, ao mesmo tempo em que aumenta o valor agregado das exportações. O País precisa avançar além da simples exportação de commodities, precisa ter mais exportações de alimentos processados para os mercados externos. Essa mudança traz duplo benefício: agrega valor aos produtos e simplifica a logística de transporte. O momento é oportuno para esse avanço, com destaque para o crescente apetite asiático por produtos brasileiros. A Ásia está comprando mais grãos do Brasil. Este aumento na demanda tem levado a 3tentos a investir na ampliação de sua capacidade de armazenagem, especialmente em Mato Grosso.

Os investimentos em infraestrutura de armazenamento são apenas o começo. Deverá haver uma transformação mais profunda, com indústrias se instalando próximas às áreas produtoras. Algumas indústrias investirão no interior, onde o grão está, e produzirão alimentos e energia lá. Apesar de reconhecer que a logística permanecerá como um desafio, a visão é otimista quanto ao futuro do agronegócio brasileiro. Os agricultores estão se tornando mais especializados e produtivos. A combinação de avanços tecnológicos, aumento de produtividade e processamento local permitirá que o Brasil fortaleça ainda mais sua posição no cenário global. O Brasil continuará a ser o principal fornecedor de grãos no mundo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.