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21/Mar/2025

Selic: mercado vê fim do ciclo de altas em breve

Depois de três reuniões em do Comitê de Política Monetária (Copom), em que a Selic subiu em velocidade constante, 1% a cada vez desde dezembro, foi avisado que, salvo mudança relevante do cenário, pretende reduzir o ritmo em maio. O comunicado, ao estabelecer 0,75% como o teto da próxima decisão, reforçou a percepção do mercado de que o Banco Central encaminha para o fim o ciclo de aperto de juros. Não houve compromisso, no entanto, de que o Banco Central fará em maio o último aumento da Selic, pois a autoridade monetária não deu pistas para além de seu próximo encontro. Assim, na sequência do comunicado em que o Copom confirmou a elevação dos juros para 14,25% ao ano, as primeiras reações no mercado mostraram convergência para o fim do ciclo em junho, mas também há quem aposte que o Banco Central vai fechar a conta já em maio.

No texto em que expõe os primeiros argumentos que levaram à alta da Selic, o Copom mostra-se ainda preocupado com a desancoragem das expectativas, fala em elevada incerteza e apresenta o diagnóstico de que a atividade econômica, apesar de sinais de desaceleração, mostra dinamismo e resiliência. Essa visão ajudou a reforçar projeções, majoritárias, de que a Selic vai subir pelo menos mais uma vez após maio, chegando a 15% ou 15,25% em junho. Por outro lado, o Banco Central, além de indicar que seu próximo passo será um aumento em menor magnitude da Selic, fez menção a efeitos defasados do aperto monetário. Foi, na interpretação de alguns economistas, uma senha de que as altas dos juros estão chegando ao fim, por sugerir um entendimento de que a política monetária, em território já bastante restritivo, terá efeito sobre a inflação.

Após a leitura do comunicado, economistas projetaram fim de ciclo em maio, com uma elevação final da taxa entre 0,50% e 0,75%. Segundo o Itaú Unibanco, as menções às defasagens da política monetária ocorrem, historicamente, antes do fim do ciclo de ajustes. Isso não sugere que o Copom necessariamente interrompa o aperto monetário. Em maio de 2022, o Copom fez menção a defasagens na ata de sua reunião e, ainda assim, fez mais dois aumentos de 50 pontos-base. A previsão do Itaú, assim como a de economistas de bancos como Bank of America, Barclays, Daycoval e BTG Pactual, é de que a Selic vai subir mais duas vezes e chegar a 15,25%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.